Esta é a segunda matéria da Coprodução de conteúdos entre o Canal do Horticultor e a Revista Campo & Negócios. Trazemos um dos assuntos críticos na produção de tomates: os diferentes pontos de colheita e como isto afeta a qualidade dos frutos após a colheita e na comercialização.
A tomada de decisão sobre realizar a colheita em um determinado ponto, está diretamente relacionada à comercialização e tempo de prateleira do produto, por isso, não existe uma fórmula ou “receita de bolo” que possa dizer um único ponto ou o “ponto certo”. Para cada produtor, mercado e variedade, haverá uma série de fatores a serem considerados, podendo resultar em um ou mais pontos de colheita, dependendo das diferentes realidades de produção e comercialização.
Como identificar se o tomate está maduro?
A cor do tomate é a característica externa mais importante que permite determinar a maturação e estimar a vida pós-colheita, sendo por sua vez um fator importante na decisão de compra por parte do consumidor. O grau de maturação geralmente é determinado usando cartas de cores.
Nesta imagem, cada tomate pode ser enquadrado em uma das cores, sendo respectivamente, da esquerda para a direita: vermelho maduro, vermelho, rosado, pintado e verde maduro.
5 cores de tomates maduros e aptos para colheita
Conforme a Engenheira Agrônoma Amanda Inoue, Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da ISLA Sementes, nesta escala, podemos identificar cada um dos pontos pelas seguintes linhas de corte:
Verde maduro: Fruto 100% verde, iniciando leve amarelecimento da região apical, porém com tecidos internos formados.
Pintado: Fruto com aproximadamente 10 a 30% da superfície atingindo a coloração final.
Rosado: Fruto com aproximadamente 30 a 60% da superfície atingindo a coloração final.
Vermelho: Fruto com aproximadamente 60 a 90% da superfície atingindo a coloração final.
Vermelho maduro: quando está com a coloração final em mais de 90% da superfície do fruto.
Quando o fruto está verde mas ainda não está com as paredes internas formadas e completas com polpa, o mesmo é considerado imaturo e não deve ser colhido, pois não terá como amadurecer após ser colhido, uma vez que o processo de maturação depende da formação das sementes e suas curvas de etileno.
Frutos com cavidades loculares completas e bem formadas.
Para que os frutos sejam formados e tenham desenvolvimento e maturação uniforme, a adubação equilibrada é fundamental. O potássio (K) desempenha papel fundamental como ativador enzimático, melhora a qualidade comercial dos frutos, podendo influenciar a síntese de licopeno que é responsável pelo desenvolvimento da cor vermelha do tomate, além de poder aumentar a produção em cerca de 30%. É um nutriente extraído em maior quantidade pelo tomateiro e a deficiência desse elemento contribui, também, para o amadurecimento desuniforme dos frutos, conforme a Engenheira Agrônoma Vanderli Pavan.
Os fertilizantes organominerais se caracterizam pela mistura de uma fonte de matéria orgânica a um fertilizante mineral e são considerados uma das alternativas para aumentar rendimento das culturas e qualidade da produção. A ISLA conta com os adubos organominerais que possuem doses equilibradas deste nutriente, tanto para a fase vegetativa, quanto para a fase reprodutiva, onde há produção de flores e frutos.
Para saber mais sobre questões fitossanitárias na cultura do tomate, como irrigação, enxertia, mulching, polinização, tratos culturais e manejo, clique aqui e baixe o E-book produzido pela Revista Campo & Negócios.
Se você ficou com alguma dúvida, comente aqui no blog ou nas nossas redes sociais. Na semana que vem teremos mais uma matéria. Até lá!