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Época de redobrar o cuidado com a podridão da uva

 

Época de redobrar o cuidado com a podridão - Crédito Embrapa Uva e Vinho
Época de redobrar o cuidado com a podridão – Crédito Embrapa Uva e Vinho

A ocorrência da podridão da uva madura, a popular Glomerella, que é uma doença que está atacando uvas de mesa e para processamento, está trazendo muitos prejuízos para os produtores em diversas regiões do Brasil.

“Se não controlada adequadamente, a podridão da uva madura pode ocasionar perdas elevadas na produção”, alerta Lucas Garrido, pesquisador da área de Fitopatologia da Embrapa Uva e Vinho.

Quem é ela

A podridão da uva madura é causada pelo fungo Glomerella cingulata. No inverno o fungo pode sobreviver em restos de cultura e frutos necrosados que contêm corpos de frutificação do fungo.

As condições ideais para a ocorrência e desenvolvimento da doença são temperaturas entre 25°C e 30°C e alta umidade proveniente de chuva, orvalho, irrigação ou cerração. “A estiagem ou a ausência do molhamento do cacho na fase de maturação da uva reduz a ocorrência da doença nos vinhedos”, informa o pesquisador.

O fungo sobrevive durante o outono e o inverno em restos de poda ou frutos atacados. Na primavera e no verão, com elevada umidade, o fungo produz frutificação abundante para contaminação do parreiral. O excesso de nitrogênio e ferimentos nas bagas favorecem a infecção e o desenvolvimento da doença.

Segundo Garrido, a infecção pode ocorrer em todos os estádios de desenvolvimento do fruto. No final da floração ou em bagas jovens, o fungo penetra na cutícula e permanece latente até o inicio da maturação da uva, quando a doença fica visível.

Os sintomas mais evidentes são observados nos cachos na fase de maturação ou em uvas colhidas. Sobre as bagas atacadas surgem manchas circulares, marrom-avermelhadas, que posteriormente, atingem todo o cacho, deixando o grão de uva escuro e murcho. “Às vezes pode atacar alguns grãos e outras, o cacho todo”, explica Garrido

Controle

Para o controle da podridão da uva madura recomenda-se a redução das fontes de inóculo do patógeno no vinhedo, com remoção e queima de cachos mumificados e das partes podadas no inverno. “Esta medida é extremamente importante para reduzir a pressão da doença no vinhedo”, orienta Garrido.

Deve-se, ainda, controlar insetos-pragas que possam ocasionar ferimentos nas bagas, evitar o excesso de adubação nitrogenada para reduzir o crescimento excessivo dos ramos, realizar poda verde para favorecer o arejamento da planta e dos cachos e permitir melhor deposição dos produtos aplicados.

Garrido reforça que a utilização de calda sulfocálcica durante o inverno é fundamental para a redução do fungo sobre a casca e gemas da planta. O controle químico deve ser preventivo, iniciando na floração e reaplicado duas a três vezes até a maturação.

Os princípios ativos dos fungicidas recomendados são piraclostrobin + metiran, tebuconazole ou tetraconazole, mas o pesquisador reforça a importância dos produtores prestarem atenção para o período de carência dos produtos para evitar a contaminação da uva que será consumida ou processada.

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