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Abastecimento de potássio no Brasil

Fábrica Yoorin Fertilizantes – Poços de Caldas/MG

O agronegócio no Brasil é um segmento muito promissor, responsável por 27,4% do PIB brasileiro em 2021, o maior índice dos últimos 20 anos. Neste cenário, destaca-se o segmento de insumos agrícolas, que apresentou um crescimento superior a 50% no último ano.

Com altos níveis de produção agrícola e grande consumo de fertilizantes, o Brasil importa impressionantes 96,5% de cloreto de potássio, uma das principais fontes do nutriente. Também é o maior importador de potássio do mundo, com 10,45 milhões de toneladas adquiridas em 2019, de acordo com o Ministério da Economia.

Dados mostram altíssima dependência externa de um nutriente essencial, para um de nossos principais segmentos, a agricultura. Mesmo diante desse panorama alarmante, as discussões sobre a dependência brasileira de potássio se intensificaram após a explosão da guerra entre Rússia e Ucrânia, que acarretou a suspensão das vendas de cloreto de potássio pela Rússia.

Com isso, tornou-se evidente a importância de que o Brasil desenvolvesse estratégias e realizasse investimentos em fontes alternativas e nacionais de potássio, a fim de reduzir essa dependência e os custos com transporte e logística. 

Tradição no que faz

A Mineração Curimbaba, primeira empresa do Grupo Curimbaba, holding familiar brasileira com mais de 60 anos de tradição e experiência, através de uma de suas unidades, a Yoorin Fertilizantes, que já atua na produção de fertilizantes há mais de 50 anos, possui jazidas próprias de potássio estimadas em mais de 4 bilhões de toneladas de Potasil e 30 bilhões de toneladas de Ekosil a serem exploradas.

Esses volumes de Potasil e Ekosil citados anteriormente foram calculados com base em pesquisas realizadas pelos geólogos da empresa, Lúcio Rampazzo e Mário Uchoa, que possuem mais de 50 anos de experiência no Planalto de Poços de Caldas.

Para o levantamento desse reserva, foram realizados furos de até 90 m de espessura nas jazidas de Potasil e de até 100 m de espessura nas jazidas de Ekosil, e o final da ocorrência ainda não foi atingido. Novas análises estão programadas para acontecer nos próximos meses em furos de até 150 m.

Com essa enorme reserva e diante do sucesso na comercialização dos produtos da empresa, o presidente do grupo, Sebastião Curimbaba, tem certeza de que dentro de 30 anos o cloreto de potássio tende a desaparecer no Brasil.

Além de empresário, Sebastião Curimbaba é agricultor, produtor de café, milho e de outras culturas, e sempre obteve sucesso em todas elas. Atualmente, produz em média 32 sc/ha de café em sua fazenda, e é o maior produtor de café gourmet, dentre os 17 mil associados, na Divisão de Cafés Especiais (SMC) da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo.

Em sua produção de café, ele utiliza 100% dos produtos da Yoorin, e já substituiu 100% do cloreto de potássio há mais de 10 anos.

Pioneirismo

A Yoorin Fertilizantes, através da Mineração Curimbaba, foi a primeira empresa brasileira a iniciar pesquisas sobre o potássio mineral como fonte de fertilizantes no Brasil, trabalho que começou há mais de 45 anos nas principais universidades do País.

O pioneirismo nato de Sebastião Curimbaba, que é apaixonado pelo agronegócio, fez com que a empresa registrasse junto à ANM as maiores jazidas de potássio do Brasil, que hoje estão, em sua maioria, em terras próprias.

Com uma visão sustentável de negócio, a Yoorin Fertilizantes oferece ao mercado fontes de potássio, silício e micronutrientes com altíssima eficiência agronômica, asseguradas por seus laboratórios, que são certificados e seguem rigoroso padrão de qualidade.

Além disso, a empresa que já comercializa seus fertilizantes potássicos, Ekosil e Potasil, há mais de 10 anos, sendo a primeira empresa do Brasil a registrar as suas rochas potássicas como fertilizantes no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Os produtos da Yoorin respeitam o equilíbrio biológico dos solos, e oferecem alta fertilidade para as lavouras. São mais de 50 anos prezando pela saúde e bem-estar das culturas e dos solos.

“Nós possuímos uma fonte sustentável de potássio, que é uma alternativa viável para substituir o cloreto de potássio no Brasil. Os fertilizantes sustentáveis, que equilibram o solo e agem de forma balanceada com os microrganismos, são o futuro da agricultura brasileira. Eu acredito que em 30 anos esses fertilizantes serão amplamente utilizados e o nosso solo estará mais saudável e rico. E o mais importante, nós estamos preparados para suprir parte dessa demanda nacional por potássio”, declara Sebastião Curimbaba.

Rocha potássica

A rocha potássica do planalto de Poços de Caldas é uma fonte comprovada de potássio e micronutrientes, que melhoram a microbiologia do solo, além de possuir as maiores concentrações de K2O do mercado.

A composição mineralógica dessa rocha é de 70 – 75% de feldspatos e de 20 – 25% de feldspatoides (nefelina), este último caracterizado pela insaturação em silício (cristais mal formados), dado o rápido resfriamento do magma em contato com a superfície terrestre.

Essa característica é uma das responsáveis, juntamente com a granulometria fina, pela alta velocidade de solubilização dos nutrientes presentes na rocha.

O Planalto de Poços de Caldas constitui a maior intrusão alcalina do planeta – tem um formato esférico, com 30 km de diâmetro e 900 km2 de superfície. São rochas alcalinas, ou seja, possuem um teor anômalo de K e Na. Geologicamente são rochas sieníticas, mas que no contexto local receberam nomes que levam à sua granulometria.

Foiaítos são as rochas que esfriaram em grandes profundidades, formando rochas com textura grosseira, sendo visíveis os minerais que as constituem. As que chegaram à superfície e, consequentemente, esfriaram rapidamente, formaram as rochas fonolíticas, que possuem uma textura quase vítrea. As rochas intermediárias são os tinguaítos. Os fonolitos são a matéria-prima para o produto da Yoorin conhecido como Ekosil. 

Nos últimos movimentos do vulcanismo, fluidos termais de alta temperatura percolaram as rochas fonolíticas do interior do Planalto, reagindo quimicamente com as mesmas, retirando o sódio e, consequentemente, enriquecendo-as em potássio. Estas rochas, conhecidas como rochas potássicas, são a matéria-prima para o produto Yoorin conhecido como Potasil.

As rochas potássicas do planalto de Poços de Caldas são uma fonte diferenciada de potássio por conter minerais ígneos, que possuem uma eficiência superior aos demais do mercado.

Atualmente, a capacidade produtiva da Yoorin Fertilizantes para produção das rochas potássicas é de 600 mil ton/ano, e a empresa está investindo mais de R$ 150 milhões para ampliar sua fábrica visando ultrapassar a produção de 1,0 milhão ton/ano dentro de três anos.

Esses números podem aumentar, através do Plano Nacional de Fertilizantes, lançado pelo governo federal no dia 11 de março de 2022, nos programas de incentivos para a exploração das jazidas de potássio nacional, diante da relevância desse produto para o País.

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