O movimento plant-based vem ganhando adeptos em todo o mundo, a exemplo dos brasileiros que passaram a adotar novos hábitos a fim de melhorar a própria saúde e reduzir o impacto ambiental causado pelas suas escolhas. E essa mudança impactou na indústria. De acordo com uma pesquisa realizada pela Future Market Insights, o mercado de leite de castanha de caju atingirá até o ano de 2032, US$ 382,7 milhões, o que corresponde a um crescimento de 6,3% (pela CAGR) durante o período de 2022 até 2032. Este ano, ele foi avaliado até então em 208,7 milhões.
Um setor que tem os Estados Unidos representando a maior parcela com 40% de participação em 2021 e que durante o período de previsão, estima-se que a região norte-americana em destaque cresça a um CAGR de 3,8%. A China também está no ranking e no período de previsão, pode se computar a um CARG de 4,4%.
Já no mercado brasileiro, no segmento de leites, A Tal da Castanha, projeta crescer 45% somente neste ano, depois de ter dobrado de tamanho em 2021, com faturamento próximo a R$ 100 milhões. A empresa acredita que o percentual deve crescer ainda mais em 2023 com o avanço das exportações.
A castanha de caju, aliás, que é o ingrediente base da maior parte da marca, é proveniente de pequenos produtores com certificação orgânica do Norte e Nordeste brasileiro. A empresa investiu na certificação de agricultores familiares da região para oferecer algo que é cultivado sem o uso de agrotóxicos ou modificações genéticas, respeitando suas particularidades, como safra, solo e clima propício para crescimento. O cultivo e distribuição da castanha de caju é feito através de cooperativas incentivando e empoderando a mão de obra local.
O sócio da marca Felipe Carvalho, inclusive, comenta que o grande diferencial da empresa é a pureza. “A nossa proposta é única no mercado brasileiro e também no exterior. A maior parte dessas bebidas são desenvolvidas com uma lista extensa de ingredientes com uns 18 componentes. O nosso Original, por exemplo, tem apenas dois e é muito mais natural”.