Carlos Reisser Júnior
Doutor e pesquisador – Embrapa Clima Temperado
carlos.reisser@embrapa.br
A oferta, pelo mercado, de estruturas de estufas mais resistentes, foi uma demanda dos produtores, que exigiam maior segurança da sua produção. A correta utilização dos ambientes para a produção e novas tecnologias levaram a indústria a acreditar no mercado favorável e a resposta foi positiva, visto que o mercado se intensificou muito nos últimos anos devido ao produtor verificar os benefícios dos ambientes protegidos.
Em 2019, o Brasil, com crescimento anual de 5% aa., era o segundo maior utilitário da tecnologia da América, com mais de 30 mil hectares, atrás do México, com mais de 41 mil hectares.
Crescimento
A indústria de produção de estufas cresceu muito e hoje se tem muitos fornecedores em todas as regiões do Brasil. Essas indústrias possuem vários tipos de modelos e opções para todos os tipos de exploração agrícola.
Desde os vários modelos até equipamentos que permitam sistemas de automação, são possíveis de serem oferecidos. Junto com essas tecnologias associadas, a qualidade e durabilidade também evoluíram, para garantir a segurança estrutural.
O uso de aço com resistência à ferrugem, alumínio e plásticos resistentes, são os materiais mais usados estruturalmente nas estufas. Novos desenhos de sustentação de filmes, bem como a sua fixação, são comuns atualmente. Observa-se que tecnologia de programação e automação eletrônica no manejo do ambiente, da fertilização e irrigação tecnificadas, se tornaram realidade nos catálogos das várias empresas fornecedoras de estufas.
Essa evolução das estruturas vem garantindo durabilidade e proteção para os cultivos mais rentáveis, determinando escolhas mais adequadas aos seus sistemas de produção.
O lado de lá
Ainda é pequena a cobrança da responsabilidade por parte do consumidor do tipo de compra que está sendo realizada, como responsabilidade técnica, qualidade dos materiais da estrutura, dos filmes plásticos e de equipamentos instalados, ou tipo de influência no microclima dos ambientes das estufas.
Possivelmente, isso possa ser uma nova exigência dos consumidores, pois os investimentos são importantes e os riscos elevados. Apesar de modelos simples e adequados de estruturas, como as usadas na produção fora do solo de morangos no Sul do Brasil apresentarem crescimento, o mercado mostra uma forte e constante demanda por modelos de estufas plásticas mais tecnificadas e resistentes.
Isso acontece devido ao amadurecimento de nossos produtores e de seu profissionalismo, e ainda da evolução das empresas fornecedoras de equipamentos existentes em nosso País.