O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica, 25 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 11,6% da matriz elétrica do País.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em um ano a energia solar cresceu aproximadamente 76%, saltando de 14,2 GW para 25 GW.
Desde julho do ano passado, a fonte solar tem crescido, em média, 1 GW por mês (julho: 16,4 GW, agosto: 17,5 GW, setembro: 18,6 GW, outubro: 21,1 GW, novembro: 22 GW, dezembro: 23 GW, janeiro de 2023: 24 GW e fevereiro deste ano: 25 GW).
Segundo a entidade, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 125,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 750,2 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de CO₂ na geração de eletricidade.
Na visão de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, abrindo uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H₂V) mais barato do mundo”, diz.
Nova matriz elétrica
Segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H₂V. Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem.
No segmento de geração própria de energia, são 17,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale à cerca de R$ 88,4 bilhões em investimentos, R$ 27,4 bilhões em arrecadação e mais de 517,2 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. “O crescimento da fonte solar fortalece a sustentabilidade e a competitividade dos setores produtivos, além de beneficiar todos os consumidores brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, conclui Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.