Pensando Estrategicamente
por Antônio Carlos de Oliveira.
Texto publicado originalmente no Diário de Uberlândia
Em 1948, Israel declarou sua independência, levando a uma guerra com os países árabes vizinhos, que não reconheceram a existência do Estado judeu. O conflito resultou na expansão do território israelense.
A Guerra de Declaração da Independência de Israel, proclamada em 14 de maio de 1948, é um evento crucial na história da formação do Estado de Israel. Também é conhecida como a Guerra Árabe-Israelense de 1948 ou a Nakba (a “catástrofe” em árabe), como é chamado o início do processo de expulsão do povo palestino de suas terras, e marcou o fim do mandato britânico na Palestina.
O conflito tinha raízes profundas na disputa pela Palestina entre a comunidade judaica e a população árabe. Os judeus sionistas estavam migrando para a Palestina desde o final do século XIX, e as minorias étnicas e políticas aumentaram à medida que mais judeus chegavam e se estabeleciam.
Algum tempo depois, em 1967, Israel travou combates com vários países árabes no Oriente Médio. O conflito surgiu pelo fato das relações entre Israel e seus vizinhos árabes, especialmente o Egito, estarem extremamente tensas devido a conflitos territoriais, questões de refugiados palestinos e desentendimentos políticos.
Tudo começou com Israel lançando um ataque surpresa contra as forças egípcias, destruindo uma grande parte da Força Aérea egípcia. O ataque preventivo lançado por Israel contra as forças egípcias, principalmente na Península do Sinai teve sua motivação o bloqueio do Estreito de Tiran pelos navios egípcios em 23 de maio de 1967. Este bloqueio representou uma séria ameaça à soberania e segurança de Israel.
Simultaneamente Israel enfrentou as forças sírias nas Colinas de Golã. Houve um alerta aéreo na região das Colinas de Golã, território disputado entre Israel e Síria.
Em uma ofensiva surpreendente, Israel conquistou territórios significativos, incluindo a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, as Colinas de Golã, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Margem Ocidental do rio Jordão.
A Jordânia juntou-se ao conflito atacando Israel, pelo fato de as forças israelense ter assumido o controle sobre a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
O Iraque também participou do conflito, fornecendo apoio à coligação árabe durante a guerra.
Outro conflito conhecido é Guerra do Yom Kippur, em 1973, chamada de Guerra do Dia do Juízo Final, resultado de tensões entre Israel e seus vizinhos, Egito e Síria. Os principais motivos incluíram a disputa de territórios, particularmente a Península do Sinai e as Colinas de Golã, que foram ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Em 6 de outubro de 1973, que coincidiu com o Yom Kippur, o Dia do Perdão no calendário judaico, Egito e Síria lançaram ataques surpresa contra Israel. Isso levou a confrontos intensos. Ela também teve implicações significativas, incluindo a Crise do Petróleo, devido ao embargo árabe de petróleo.
Desde a década de 1940, as relações continuam tensas e persistentes, com questões em aberto, como no caso dos territórios ocupados, o status de Jerusalém e os direitos dos refugiados palestinos. Organizações como o Hamas também têm desempenhado um papel significativo nos conflitos recentes.
As relações de Israel com grupos terroristas no mundo árabe são complexas e têm sido marcadas por conflitos prolongados. Israel tem enfrentado desafios significativos de grupos considerados terroristas em diferentes regiões, principalmente na Palestina e áreas circundantes.
O conflito Israel-Palestina é um dos mais duradouros e complexos do mundo. Envolve Israel e grupos palestinos, como o Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, os Estados Unidos e a União Europeia.
O Hamas controla a Faixa de Gaza, e, é considerado um grupo terrorista por Israel e por várias nações ocidentais. A organização tem uma longa história de conflitos com Israel, incluindo lançamento de foguetes, ataques suicidas e conflitos armados. O Hamas busca a destruição de Israel e controla uma faixa de terra contígua ao Estado israelense, tornando-se um grande desafio de segurança.
O Hezbollah é um grupo xiita libanês que tem ligações com o Irã. Israel travou uma guerra com o Hezbollah em 2006, após o sequestro de soldados israelenses na fronteira com o Líbano. O Hezbollah é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos Estados Unidos. A organização continua a representar uma ameaça significativa ao norte de Israel.
A Jihad Islâmica é outro grupo palestino que opera principalmente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Ela é considerada um grupo terrorista por Israel. O grupo frequentemente conduz ataques contra alvos israelenses e tem laços com o Irã.
Al-Qaeda e outros grupos jihadistas, embora não sejam focados apenas em Israel, expressam hostilidade em relação a Israel e podem tentar conduzir ataques contra alvos israelenses no exterior.
O Estado Islâmico (ISIS) também é um grupo extremista que não se limita a atacar Israel, mas expressou interesse hostil em relação ao Estado Judeu. Israel tem vigilância e segurança rigorosa para prevenir ameaças do ISIS em suas fronteiras.
Alguns países árabes, como o Irã, têm apoiado grupos militantes anti-Israel, fornecendo financiamento, treinamento e armas. Isso complica ainda mais as relações regionais.
É importante notar que a classificação de grupos como terroristas pode variar entre diferentes nações e organizações. O Hamas, por exemplo, é considerado um grupo terrorista por alguns países e organizações, mas é visto como um movimento de resistência por outros.
As relações entre Israel e os países árabes têm sido complexas e caracterizadas por conflitos intermitentes e negociações de paz. A busca por uma solução duradoura continua a ser um desafio fundamental na região.
O diálogo e negociações têm sido tentados em várias ocasiões, mas a resolução do conflito continua sendo um desafio significativo.
O conflito Israel-Hamas em andamento atualmente, afeta o Brasil e o mundo através das suas implicações humanitárias, econômicas, geopolíticas e diplomáticas.