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Estevam Antonio Chagas Reis
Mestrando em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras
Renato Bottrel
Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras
Com a crescente necessidade de ser cada vez mais eficiente em relação aos processos produtivos, visto o aumento dos custos de produção, a utilização correta do conhecimento sobre a cultura em questão se torna imprescindÃvel para a eficiência do processo produtivo.
Para um bom entendimento em relação às práticas adequadas, o conhecimento a respeito de alguns conceitos se torna necessário para a utilização correta das técnicas:
– Pulverização: processo físico-mecânico de transformação de uma substância líquida em partículas ou gotas.
– Aplicação: deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequada.
– Regulagem do equipamento: ajustar os componentes da máquina em relação às características da cultura e produtos utilizados.
– Calibragem do equipamento: verificar a vazão das pontas, determinação do volume de aplicação e quantidade do produto a ser colocado no tanque.
Há uma relação direta entre o produto a ser aplicado e o pulverizador utilizado, sendo necessário o conhecimento destas interações para a utilização correta das técnicas adequadas, como será descrito posteriormente.
Agitação da calda
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A primeira observação a ser realizada é a verificação do sistema de agitadores, se está funcionando corretamente. Em pulverizadores tratorizados a tomada de potência (TPD) deve trabalhar com rotação de 540 RPM, pelo fato de o sistema normalmente ser dimensionado para esta rotação.
A não utilização da rotação adequada faz com que a calda não seja revolvida adequadamente e não se tenha o retorno correto da calda devolvida ao tanque, podendo interferir na eficácia do produto utilizado.
Utilização de filtros corretos
A malha do filtro utilizado deve ser adequada em relação ao produto que está sendo aplicado junto à calda de pulverização. Filtros de malha inferior ao tamanho da partÃcula fazem com que estas ficam retidas, formando uma pasta que o bloqueia com frequência. Esse fato faz com que seja necessária a limpeza constante, reduzindo o tempo útil de trabalho e aumentando os riscos de contaminação pelo operador.
Misturas de tanque de suspensão concentrada ou pó-molhável com adjuvantes oleosos podem potencializar o problema, visto que a coalizão entre as partículas pode resultar na união entre duas de pó e uma de óleo.
Volume de pulverização
Não há um volume de calda pré-estabelecido, sendo este dependente de fatores como o alvo desejado, tipo de ponta utilizada, arquitetura da planta e tipo de produto a ser utilizado. Por motivo econômico, deve-se utilizar o menor volume indicado por hectare como forma de intensificar a capacidade operacional.
Tamanho de gotas
A ponta de pulverização não produz apenas um único tamanho de gota, variando a proporção entre elas. Gotas grandes (>400 µm) são menos arrastadas por derivas e apresentam menores problemas por evaporação até o alvo.
Em contrapartida, as mesmas possibilitam menor cobertura da superfície tratada e menor concentração de gotas por cm². Também apresentam menor capacidade de absorção pela cultura e maior escorrimento superficial foliar.
Gotas médias (200-400 µm) possuem características intermediárias entre gostas grandes e pequenas. São indicadas quando não há recomendação de tamanho de gostas na bula do produto, de forma a minimizar as chances de erro.
Gotas pequenas (<200 µm) são mais arrastadas pela deriva e apresentam problemas com evaporação até o alvo. Em contrapartida, possibilitam maior cobertura da superfície tratada e maior concentração de gotas por cm², maior capacidade de absorção pela cultura e menor escorrimento superficial foliar.
O tamanho de gota a ser empregado, em sua maioria, está descrito junto à bula do produto a ser utilizado, visando maior eficiência do mesmo.
Pontas de pulverização
A ponta de pulverização se caracteriza pelo componente do bico responsável pela formação de gotas. As pontas de pulverização são classificadas em função da energia utilizada para formação das gotas.
Em aplicações agrícolas, as pontas hidráulicas são as mais utilizadas. Nelas, o líquido sob pressão é forçado através de uma abertura, fazendo com que o mesmo se espalhe, desintegrando em gotas de diferentes tamanhos.
Vários são os modelos de pontas de pulverização, sendo que cada uma apresenta características únicas; fazendo com que a escolha adequada influencie na eficiência da aplicação.