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A incidência de metrite nas fazendas de leite ainda causa prejuízos

Embora seja uma doença uterina comum no pós-parto, ela pode ampliar as perdas gestacionais e o descarte dos animais, além de reduzir a fertilidade no rebanho e a produção de leite

leite
Foto: Adobe Stock

A busca pelos melhores índices de fertilidade e produtividade é uma constante na pecuária de leite, por isso as doenças que acometem as vacas em lactação são motivo de grande preocupação para os produtores. A metrite é uma das enfermidades que merece atenção, pois, embora seja comum no pós-parto, sua incidência está relacionada ao aumento de perdas gestacionais, redução da fertilidade no rebanho, índice maior de descarte dos animais e menor produção de leite.

A metrite afeta cerca de 20% das vacas em lactação, com uma incidência variando de 8% a 40% entre as fazendas (CURTIS et al., 1985; GOSHEN e SHPIGEL, 2006 HAMMON et al., 2006; HUZZEY et al., 2007; GALVÃO et al., 2009), que tem levado a prejuízos no desempenho reprodutivo, na produção de leite e na sobrevivência do animal. De acordo com Overton e Fetrow (2008) a perda econômica média de um caso de metrite gira em torno USD 358 por animal, o que em números atuais corresponde a R$ 2 mil por caso.

A doença é uma inflamação da camada muscular e mucosa do útero (endométrio, muscular, submucosa e serosa) até o 21º dia pós-parto, porém com maior incidência entre o quinto e sétimo dia. É caracterizada pela descarga uterina sero-sanguinolenta ou muco-purulenta fétida, associada a sinais sistêmicos, como febre, apatia, toxemia e baixo consumo alimentar. Dentre as patologias que induzem a metrite podemos destacar a dificuldade de parto, retenção de placenta e os distúrbios metabólicos no periparto. Estudos ainda indicam que a metrite prejudica fortemente o consumo alimentar das vacas nessa fase.

O cheiro característico da descarga uterina pode ser reconhecido por quem conhece a doença, porém o diagnóstico clínico pode ser complementado por meio de vários testes, simples e eficazes, como a técnica de mão enluvada, metricheck ou palpação retal. 

Mas é possível prevenir o problema, conforme explica Chester Batista, gerente técnico de Leite da Zoetis. “A metrite é uma doença multifatorial e, por isso, são necessárias várias ações para reduzir sua incidência. O bem-estar e a ambiência da vaca, a redução do estresse pré-parto e a gestão nutricional cuidadosa dos animais, especialmente durante o período de transição, são práticas que contribuem para diminuir a incidência da doença.”

Tratamento

O tratamento da metrite consiste no controle da infecção bacteriana sistêmica, a fim de impedir que ela se alastre comprometendo a saúde do animal. Vários antibióticos podem ser utilizados, dentre eles, podemos destacar aqueles a base de ceftiofur, que possui amplo espectro de ação e pertence ao grupo das Cefalosporinas de terceira geração, a qual é ativa contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, sendo a droga mais estudada no mundo para o tratamento da metrite.

Com objetivo de reduzir as perdas e tratar com eficiência, muitas fazendas adotam o Excede como terapia de eleição. Excede é uma formulação pronta para uso que contém o ácido livre cristalino de ceftiofur (CCFA) como princípio ativo e atende a esse propósito. “Ao utilizar o produto no rebanho, o produtor/ pode reduzir o estresse com o manejo, pois ele é aplicado em uma ou duas doses com alta eficácia de tratamento. Além disso, o produto não deixa resíduos no leite, por isso, após a aplicação, não é necessário descartá-lo”, explica Janaina Giordani, gerente de marketing da linha Leite de Bovinos da Zoetis.

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