O Dia Mundial do Café, em 14 de abril, não poderia deixar de ser comemorado no Brasil, um dos maiores exportadores do grão pelo mundo. Além da relevância para o comércio exterior, com a nossa população não é diferente, pois a bebida é a segunda mais consumida no país, perdendo apenas para a água, segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC) e do Dieese. Para tornar a data ainda mais otimista, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra cafeeira de 2024 deve registrar uma produção de cerca de 58 milhões de sacas, aumento de 5,5% sobre 2023.
Para alcançar o resultado previsto, além de contar com condições climáticas favoráveis, o setor produtivo precisa garantir a transparência e a visibilidade de suas informações. “Os dados são capazes de fortalecer o agronegócio, inclusive nas relações com o mercado europeu, já que comprovam a procedência do café, reforçando a qualidade do grão brasileiro e a credibilidade do setor. Além disso, para produtores de pequeno porte, que precisam ter seus perfis avaliados pelos credores, os dados são facilitadores do acesso às linhas de crédito, viabilizando investimentos, melhorias e avanços à função diária dos trabalhadores do campo”, explica o head de agronegócio da Serasa Experian Marcelo Pimenta.
Reputação do café brasileiro pode tornar a cultura mais atraente à exportação
Em recente pesquisa que retratou a percepção da Europa sobre o agronegócio do Brasil foi registrado que o café é um dos produtos brasileiros com melhor reputação entre os europeus, com apresentação do índice geral na pesquisa marcando mais de 70 pontos de reputação positiva. Além disso, pensando em ESG, um estudo desenvolvido pela Serasa Experian com base nos dados do Score ESG, relatou 95,6% dos produtores do setor cafeeiro operam em compliance com as práticas e critérios socioambientais. Informações que configuram uma notícia positiva, já que desde o surgimento do Green Deal as iniciativas socioambientais têm pautado e influenciado ainda mais o mercado de crédito e de exportação do grão.
“A reputação do café brasileiro em relação aos critérios socioambientais mostra que o setor tem investido nessa evolução e já entrega dados que comprovam maturidade ao mercado. Hoje, 75% de todo o café originado no país já passa pela avaliação das soluções de análise de risco da Serasa Experian. Por isso, seguiremos constatando e comunicando a atuação dos produtores com base em informações seguras e atualizadas para que sejam percebidos dentro e fora do país de acordo com o bom trabalho que têm executado”, comenta Pimenta. A rastreabilidade, dentro do agronegócio, é um dos principais fatores que permeiam a sigla ESG, já que, no caso do café, os importadores estão sempre atentos à origem do produto que será comprado e sobre quais condições aquele grão foi produzido. “Pensando nisso, desenvolvemos uma plataforma que comprova a comercialização do café em compliance ESG. Em breve queremos estender essa funcionalidade para outras culturas, já que identificamos grande sucesso em sua funcionalidade”, finaliza Pimenta.