20.6 C
Uberlândia
sábado, abril 20, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosHortifrútiAlgas otimizam germinação da cebola

Algas otimizam germinação da cebola

Nilva Terezinha Teixeira Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro Universitário do Espírito Santo do Pinhal (Unipinhal)nilvatteixeira@yahoo.com.br

Cebola – Crédito: Shutterstock

A germinação de sementes vegetais é um evento bioquímico que depende de muitos fatores. Os principais fatores externos são disponibilidade de água, de oxigênio e temperatura, que são fundamentais para as sequências metabólicas que ocorrem na germinação, quando as enzimas presentes são ativadas e novas são sintetizadas. Então, as células presentes se multiplicam e se modificam.

Na germinação, os princípios nutritivos presentes nas sementes se metabolizam: o amido se transforma em glicose, que se oxida liberando energia e compostos importantes para a emergência das sementes.

As proteínas se quebram, liberando aminoácidos que estimulam o desenvolvimento radicular e aéreo das plantas: o aminoácido triptofano, por exemplo, é precursor do ácido indolacético (AIA), hormônio responsável pela indução da multiplicação celular. O óleo presente, principalmente nas sementes de oleaginosas, se mobiliza para liberar energia e intermediários fundamentais para a germinação.

Todo o processo germinativo é coordenado pelos chamados hormônios vegetais classificados como auxinas e giberelinas. Assim, o uso exógeno de bioestimulantes, que são definidos como produtos contendo hormônios sintéticos ou, então, misturas deles com aminoácidos e nutrientes de plantas, podem beneficiar a germinação e o arranque inicial da cultura.

Pesquisas

Referências na literatura têm atestado os benefícios do uso das algas marinhas na germinação de sementes e o vigor das plântulas em várias espécies, como cebola, cevada, tomate, berinjela, pimentão, milho, feijão e soja; e, também na brotação de tubérculos de batata.

O tratamento das sementes de tais espécies com a alga Ascophyllum nodosum provocaram aumentos de 10 a 16% na taxa de germinação das sementes e de cerca de 12% no desenvolvimento de brotos nos tubérculos da batata.

A explicação para esse aumento está na rica constituição das algas: as auxinas presentes induzem a multiplicação e o desenvolvimento das novas células. As giberelinas promovem a mobilização do amido presente nas sementes, o que vai promover a liberação de energia.

E como empregar tal tecnologia?

[rml_read_more]

As algas marinhas podem ser aplicadas:

1. Na semeadura direta, tratando as sementes, pulverizando a área de plantio ou via drench, o que pode ser feito logo após semeadura, ou previamente.

2. Na produção de mudas, as alternativas são as mesmas oferecidas para a semeadura direta.

Quando se trata as sementes, pode-se misturar o formulado contendo algas com micronutrientes e, quando houver compatibilidade, também com defensivos. As doses a adotar dependem do produto, porém, são sempre pequenas.

Agora, não resolve incluir as algas no processo de produção se todas as etapas não forem bem realizadas: a época de plantio, o preparo do solo, a escolha da cultivar, a irrigação, controle de invasoras e de pragas e doenças são fundamentais para o sucesso.

Outro aspecto importante: a inclusão de formulados com algas não substitui a adubação, mas pode potencializar os seus efeitos.

ARTIGOS RELACIONADOS

Floral Atlanta – Cultivo protegido em boas mãos

Há 16 anos a Floral Atlanta participa da Hortitec, a mais importante feira para o segmento de HF, e principalmente para o Green Up. “Por se...

Cebola: benefícios do potássio e aminoácidos

A aplicação de potássio juntamente com aminoácidos pode proporcionar maior absorção de nutrientes, resultando em plantas mais vigorosas e, consequentemente, mais produtivas e mais qualidade.

Gesso agrícola tem ação no solo que protege a lavoura

Um solo bem preparado pode ser o diferencial na produtividade de qualquer lavoura. No caso dos Hortifrutigranjeiros, a proporção adequada de cálcio, enxofre, alumínio,...

Conheça a tecnologia para produtores de cebola e alho

Berço do cultivo de cebola no Brasil, o Rio Grande do Sul é hoje o terceiro maior produtor nacional do legume.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!