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Ambiente estressante – Interferência direta na nutrição vegetal

Autor

Breno Henrique Araújo
Engenheiro Agrônomo, mestre em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, consultor da Rehagro e membro do Comitê Estratégico de Soja Brasil – CESB
breno.araujo@rehagro.com.br

O estresse pode ser facilmente classificado em dois tipos: biótico (insetos/praga, patógenos, nematoides, entre outros) ou abiótico (luz, calor, água, nutrientes, agroquímicos, entre outros). As plantas, quando são submetidas a ambientes de produção estressantes, reduzem sua eficiência metabólica e diminuem sua capacidade produtiva.

Períodos longos de estresse podem, além de alterar as condições ótimas para o desenvolvimento do vegetal, causar efeitos permanentes e comprometer drasticamente o desenvolvimento de estruturas fundamentais para absorção de nutrientes, como, por exemplo, as raízes.

Resultados recentes de pesquisas e comprovações em grandes áreas de lavouras comerciais mostram que as melhores estratégias para minimizar os efeitos prejudiciais que são causados por falta de chuva e altas temperaturas, passam pela melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo.

A construção de um ambiente de alta fertilidade, aerado, rico em micro e macrorganismos, proporciona alta resiliência e assegura melhores produtividades e, consequentemente, uma maior rentabilidade ao agricultor.

Cuidados a serem tomados

Importante os produtores pensarem em manter um solo rico em nutrientes, em vida microbiana, palha de qualidade e que permita o crescimento vigoroso das raízes, além de investir em conhecer o que o solo tem e o que precisa ser adicionado, por meio de uma boa amostragem de solo e análises em laboratórios de qualidade.

Outra dica importante é entender quais áreas da fazenda estão produzindo bem e quais estão gerando prejuízo, atacando as áreas problemas inicialmente; promover um controle de pragas, doenças e ervas daninhas no momento correto; entender quais cultivares são mais adaptadas à região, usar sementes de qualidade elevada e promover uma boa captação de luz pelo dossel da planta por meio de uma adequada velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora e ajuste populacional adequado para cada região produtora.

Sintomas

O estresse traz como consequência às plantas um desenvolvimento vegetativo comprometido (altura de plantas), tamanho de raiz (redução absorção de água e nutrientes), baixo índice de área foliar (redução da captação de luz e trocas gasosas), abortamento de flores, vagens/espigas, redução do peso de grãos.

 As regiões mais afetadas variam de acordo com o comportamento climático anual, porém, o extremo Sul do Brasil e nordeste são mais afetados.

 As técnicas e produtos que continuam se destacando no manejo de lavouras sob estresse são: calcário e gesso agrícola, uso de fertilizantes de semeadura e cobertura de qualidade e no momento certo e no local certo, uso de produtos biológicos à base de Azospirillum brasilense, Bacillus subtilis, entre outros, além de manter o solo sempre coberto por resíduos vegetais, realizar aplicações foliares estratégicas de fósforo, manganês, zinco, cobalto, molibdênio e aminoácidos.

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