23.6 C
Uberlândia
domingo, outubro 6, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosAmostragem em sistema plantio direto

Amostragem em sistema plantio direto

José Celson Braga Fernandes Engenheiro agrônomo, mestre em Ciências Agrárias e Doutorando em Biocombustíveis – UFU/UFVJM celsonbraga@yahoo.com.br
Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma, mestre em Ciências Agrárias e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)idalinepessoa@hotmail.com
Vanessa Santos Soares Graduanda em Agronomia – UNIPAC vanessa02soares@gmail.com

© WWF / Edward PARKER

Em áreas de Sistema Plantio Direto (SPD) já consolidadas, onde não há revolvimento do solo, a amostragem deve considerar a linha de semeadura e as entrelinhas. Nesse caso, a partir da linha de semeadura, amostra-se uma faixa transversal, no sentido dos sulcos até o meio das entrelinhas vizinhas, independentemente do espaçamento.

Por exemplo, se o espaçamento for de 50 cm, amostra-se uma faixa de 25 cm de cada lado da linha. Nos três primeiros anos de implantação do sistema, recomenda-se amostrar de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm, separadamente. O procedimento restante é semelhante à amostragem normal.

Assim como  no sistema convencional, se faz necessário realizar análise de solo. No SPD, essas amostras são coletadas realizando a limpeza do local com a retirada da palhada e coleta-se o solo para análise em diferentes profundidades, 0-5, 0-10 e 0-20, sendo realizada periodicamente, visto que inicialmente o SPD necessita, em média, de três a cinco anos para consolidar-se.

Como implantar a técnica

No SPD, basicamente são três etapas consecutivas e de grande importância, não sendo prudente abrir mão de nenhuma. O primeiro passo é realizar um planejamento agrícola separando uma área que se pretende implementar a técnica. Logo, deve-se abrir um sulco onde a semente será depositada e utilizar o resto de palhada (cultura agrícola anterior) para fazer a cobertura, e após a colheita sempre realizar rotação de cultura, favorecendo o depósito de palhada para cobertura do solo.

Atualmente, o SPD está presente em quase todas as áreas de plantio do Brasil, portanto, a produção de grãos no Brasil tem contribuído efetivamente para a economia brasileira, por ser um setor que tem alavancado o agronegócio.

Além desse fator, há inúmeros benefícios que estão ligados ao desenvolvimento sustentável, como a redução de insumos agrícolas, pois a palhada contribui com a proteção do solo.

Falhas

Os erros mais frequentes do SPD estão diretamente ligados ao planejamento agrícola, que prevê erros e os evita. Logo, há necessidade de profissionais especializados, pois não é uma técnica simples de ser implementada. Seus erros podem favorecer o aumento da umidade, o que pode prejudicar as culturas em locais de clima úmido ou em solos de pouca permeabilidade.

Observa-se, ainda, aumento na concentração de nitrogênio, que pode resultar na eliminação de alguns microrganismos que são benéficos ao solo, pode aumentar o uso de herbicidas, o volume de material depositado pode favorecer um enraizamento superficial, e quando realizado de forma errada pode contribuir para o desenvolvimento de plantas daninhas, nesse caso, necessitando de uso de grande quantidade de herbicidas.

Caso contrário, ao não realizar esse controle, pode-se reduzir a produção agrícola. Há, ainda, necessidade de investimento em conhecimento e em pessoal técnico especializado em utilização de herbicidas, tratos de ervas daninhas, equipamentos, etc.

Artigo anterior
Próximo artigo
ARTIGOS RELACIONADOS

Resultados positivos dentro do sistema de produção com trigo e soja

Não existe uma receita exata para se dar bem na agricultura, mas é fato que a introdução de novas tecnologias, o avanço das pesquisas, novas opções de manejo, a parceria entre as culturas de inverno e de verão e ainda a visão do produtor sobre todo o sistema da propriedade está impactando diretamente no aumento das produtividades. As culturas da soja e do trigo, por exemplo, andam juntas, especialmente porque o cereal é o mais plantado no Rio Grande do Sul e possui um alto valor agregado para os produtores gaúchos.

Quais as inovações tecnológicas em nutrição e fitossanidade?

Autores Jorge Jacob Neto Professor titular, Ph.D., do Departamento de Fitotecnia – Instituto de Agronomia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)...

Sementes de algodão – O alicerce da produtividade

Edivaldo Cia Engenheiro agrônomo e pesquisador aposentado do Instituto Agronômico edivaldocia@terra.com.br   Unanimidade entre os cotonicultores de todo o mundo, o alto potencial produtivo e a elevada qualidade...

Estufas: cultivo de pepino japonês

Segundo a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), foram comercializadas em 2017 aproximadamente 34,3 milhões sementes de pepino japonês. Considerando uma densidade populacional média de 25 mil plantas por hectare, a área cultivada com esse tipo de hortaliça foi em torno de 1,37 mil hectares.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!