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Baixo custo e alta rentabilidade – Esse é o gergelim

Frutos de gergelim - Crédito Sergio Cobel
Frutos de gergelim – Crédito Sergio Cobel

Gustavo Hauck Rizzo é proprietário da Fazenda Felicidade, localizada em Canarana (MT), que soma 850 hectares. Ele também é sócio da empresa Agro Sedes, a maior exportadora de gergelim do País, que atua no Oriente Médio e mercados asiáticos.

“A exportação sofre com a variação do dólar e com a safra de grandes produtores, tais como Índia e Paquistão. Se a safra destes países tem uma quebra, o valor internacional consequentemente sobe, e se eles têm uma supersafra o valor cai. Hoje estes dois países, juntos, produzem cerca de 700 mil toneladas, enquanto o Brasil não chega a 10 mil toneladas. A nossa vantagem é que hoje temos uma variedade com ótima aceitação internacional, preços competitivos e uma área imensa para ser explorada“, avalia o empresário e produtor.

Há três anos Gustavo aposta no gergelim, que para ele é uma cultura que demanda um investimento em plantio relativamente baixo, se comparado ao milho, e tem boa rentabilidade, assim como é de fácil manejo e a colheita hoje pode ser realizada por máquina com perda mínima.

“Meu objetivo principal é fomentar a cultura do gergelim em nossa região, expandir a área plantada e levar nosso produto para os mercados externos. O Brasil tem um potencial muito grande a ser explorado com esta cultura, especificamente. É uma oportunidade para produtores terem bons resultados, investindo relativamente menos na produção“, considera.

A região de Canarana tem, atualmente, uma média de 15 mil hectares plantados com gergelim, um plantio que se inicia em fevereiro e é colhido em junho, ou seja, um ciclo de aproximadamente 120 dias. “Minha última área plantada foi 850 hectares e a produtividade ficou em torno de 800 kg por hectare“, relata o produtor.

Cerca de 90% do gergelim produzido mundialmente é destinado ao consumo alimentício - Crédito Shutterstock
Cerca de 90% do gergelim produzido mundialmente é destinado ao consumo alimentício – Crédito Shutterstock

Tecnologias

Para Gustavo, os principais investimentos em tecnologia nesta cultura ficam por conta do plantio da nova variedade desenvolvida pela Embrapa Algodão, Gergelim BRS-Anahí, que tem um grão maior, mais adocicado, melhor aceitação no mercado e, além de aumentar a produtividade, esta variedade também poder ser colhida utilizando máquina.

“A mecanização da colheita possibilita o plantio de grandes áreas, o que antes era quase impossível, já que em muitas regiões do País a colheita era toda manual e continua assim até hoje em muitos lugares. Por isso os grandes produtores não se interessavam muito, mas hoje o cenário é outro e a colheita pode ser feita com máquina e durante o dia. A região de Canarana (MT) é pioneira nesta tecnologia aqui no Brasil. Colheitadeiras são facilmente adaptadas para colher o gergelim“, pontua Gustavo.

O ciclo de cultivo do gergelim precoce é de 90 dias - Crédito Nair Arriel
O ciclo de cultivo do gergelim precoce é de 90 dias – Crédito Nair Arriel

Baixo custo

O produtor garante que o investimento é relativamente baixo no gergelim para áreas que já trabalham outras culturas. “Aqui na nossa região o cultivo do gergelim é na safrinha, quando alguns optam por esta cultura no lugar do milho. Atualmente, meu custo de produção está em R$ 600/ha“, revela.

Para Gustavo, no Brasil a importância do gergelim ainda é pequena, entretanto, o mercado local tem notado um aumento na produção e na qualidade.Assim, alguns grandes já começam a utilizar o gergelim nacional no lugar do importado. “A importância no mercado externo, principalmente no Oriente Médio, China, Vietnã e Índia é imensa. Apesar de grandes produtores, estes países consomem grandes quantidades de gergelim e acabam importando muito também. Vejo que esta cultura tem uma rentabilidade bem interessante, o custo é baixo para o plantio e pode ser utilizado maquinário na colheita, o que favorece e maximiza o resultado“, considera.

Por fim, ele deixa um destaque. “Os produtores deveriam experimentar o gergelim na safrinha para sentirem o mercado e o resultado – vale a pena“, garante Gustavo.

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de janeiro 2018. Adquira a sua para leitura completa.

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