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Benefícios da adubação nitrogenada via foliar no feijoeiro

Autores

Aline Bittencourt Nunes
Ivy Freitas Silva
Graduandos em Agronomia – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – campus Paragominas (PA) e membros do Grupo de Pesquisa Estudos em Manejo de Doenças de Plantas Tropicais
Gustavo Antonio Ruffeil Alves
Doutor e professor – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – campus Paragominas
gustavo.ruffeil@ufra.edu.br

Por ser uma fonte proteica e enérgica, rica em carboidratos e ferro, o feijão (Phaseolus spp.) constitui um dos alimentos mais importantes da dieta da população humana (Borém & Carneiro, 2006).

Mundialmente, o Brasil ganha destaque como um dos maiores produtores e consumidores deste produto agrícola, com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas (MAPA, 2016). No entanto, o país não tem apresentado o seu máximo potencial produtivo, devido a fatores como clima, controle fitossanitário e adubação.

Guerra et al., (2000) afirma que a adubação nitrogenada inadequada é, na maioria das vezes, o fator determinante para o insucesso no cultivo do feijoeiro, dado que este é o nutriente mais requerido pela planta.

A adubação nitrogenada pode ser efetuada de duas formas – via solo e via foliar. A adubação via solo é aquela efetuada convencionalmente, e visa elevar a concentração de nitrogênio (N) na solução do solo, em que, por intermédio desta solução, as raízes da planta absorvem o nutriente (Carvalho et al., 2000).

Já a adubação foliar é o processo de aplicação de nitrogênio na forma líquida, por meio da pulverização nas partes aéreas da planta, principalmente nas folhas. Neste contexto, a adubação foliar surge como complemento da adubação via solo, além de ser uma alternativa para minimizar as perdas de N no solo (Carvalho et al., 2000).

Essencialidade

O nitrogênio apresenta importância fundamental para a formação estrutural das bainhas e grãos. Isso porque tal nutriente é necessário para síntese da clorofila e como parte dessa molécula está envolvida na fotossíntese, em sua falta a planta a degrada, retranslocando o N para regiões de crescimento ativo, onde ele realiza sua função estrutural (Mengel & Kirkby, 1987).

Por participar da composição dos aminoácidos, o N tem relação direta com o teor de proteína dos grãos (Malavolta et al., 1997). Assim, sua deficiência pode afetar a qualidade dos grãos e a produtividade (Soratto et al., 2011), em função da redução no desenvolvimento de flores, tamanho e produção de sementes (Oliveira et al., 1996).

Segundo Fancelli (2007), os resultados para a adubação via solo são mais eficientes se o fertilizante for aplicado até estádios fenológicos V4 e V5 da planta, após este estádio, recomenda-se a adubação via foliar, onde a fase mais indicada é a de florescimento.

Gurgacz (2016), avaliando o efeito de diferentes fontes de nitrogênio via foliar, em diferentes estádios de desenvolvimento da planta, sobre a produtividade e qualidade de grãos da cultura do feijão comum, cultivado na presença e ausência da aplicação de nitrogênio via solo, verificou que a adubação nitrogenada via solo aumentou a matéria seca das plantas, o teor e acúmulo de N na parte aérea, o número de vagens por planta, a produtividade de grãos e o teor e produtividade de proteína na cultura do feijão comum.

A autora observou, ainda, que independentemente da adubação nitrogenada via solo, o fornecimento de N via foliar aumentou a produtividade de grãos e proteína, sendo a ureia-formaldeído ligeiramente mais eficiente que a ureia comum.

Resultados positivos

A aplicação de ureia-formaldeído aumentou a produção da matéria seca das plantas, o número de vagens por planta e a produtividade de grãos e proteína, independentemente do estádio em que foi realizada a pulverização nas folhas (Gurgacz, 2016)

Em termos de eficiência, economia e produtividade, o fertilizante ureia-formaldeído vem sendo uma das alternativas que mais tem se destacado perante os agricultores, apresentando uma formulação à base de N que possibilita o fornecimento deste macronutriente de forma regular e contínua, de acordo com a necessidade do vegetal, além de minimizar as perdas por lixiviação (Fancelli, 2007). Gurgacz (2016) afirma que poucos são os estudos sobre o uso dessas fontes na cultura do feijoeiro.

Erros Os erros mais frequentes na aplicação do fertilizante estão relacionados à quantidade inadequada de produto aplicado. Portanto, é necessário seguir rigorosamente as indicações fornecidas na bula do produto e estádio

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