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Brasil é destaque na produção nacional de borracha

Diogo Marques de Azevedo Esperante

Diretor executivo da APABOR (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural) e consultor privado em Estratégia Comercial para o Mercado da Borracha Natural

diogoesperante@gmail.com

Alexandre Lopes Pimentel

Gerente agrícola OL Látex Ltda.

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

O cultivo de seringueira é uma das atividades mais lucrativas do campo. A cadeia produtiva da borracha natural brasileira viveu sua maior expansão nos últimos 25 anos. Durante este período, a área em produção expandiu de menos de 30.000 hectares para mais de 150.000 ha.

A produtividade também se expandiu de cerca de 800 kg/ha por ano para uma média de 1.300 kg/ha por ano. Durante essa expansão, a descoberta de áreas livres de SALB (South American leafblight)adequadas no noroeste do Estado de São Paulo desempenhou um papel importante.

Em relação à área produtiva, as estatísticas oficiais brasileiras somam 147 mil ha (com cerca de 212 ha mil de área plantada total).

Todas as 180 mil toneladas por ano são vendidas em forma de borracha de bloco (GEB-10), principalmente para grandes empresas internacionais de pneus, com fábricas locais consumindo um total de 428 mil toneladas por ano (projeções 2017).

Esses índices fazem de nossa indústria uma das 10 maiores consumidoras de borracha natural do mundo. Contudo, vale destacar que esta indústria é muito dependente da importação que faz do Sudeste Asiático. Este é um dado que traz preocupação, pois os principais produtores de borracha do Sudoeste Asiático estão aumentando seu consumo, ou seja, cada vez mais irão exportar menos matéria-prima e mais produto industrializado; menos borracha e mais pneu.

Foto 02

Nesse sentido, o desenvolvimento de atividades associativas, nessa região, foi e continua sendo fundamental para ajudar a estabelecer uma ampla rede de interações positivas entre agricultores, processadores e governo, com benefícios cruciais para o estabelecimento e expansão da indústria brasileira de borracha natural, que em última instância é a melhor resposta para o problema da “dependência“ que nossa indústria tem do produto asiático.

A heveicultura é uma atividade de alta adaptabilidade e uma das culturas onde o conceito de sustentabilidade mais se adere.

Expansão

Sendo uma cultura de ampla adaptação, a seringueira tem sido plantada em pequenas a grandes propriedades, empreendimento familiar ou empresarial, áreas planas a mais acidentadas, não é exigente em fertilidade do solo, etc. Isso permite que a seringueira seja plantada em áreas não viáveis para outras culturas, quer seja por problemas físicos e de dificuldade de mecanização, ou simplesmente pela escala.

Sobre a ótica de sustentabilidade, podemos destacar suas vantagens quanto aos aspectos socioeconômicos e ambientais, com a grande geração de postos de trabalho, criando a cada 08 ha um emprego direto e mais seis indiretos.

Importância econômica

- A produtividade da seringueira se expandiu de 800 kgha por ano para uma média de 1.300 kg ha por ano
– A produtividade da seringueira se expandiu de 800 kgha por ano para uma média de 1.300 kg ha por ano

Uma grande vantagem para o Estado e para a sociedade é a sua contribuição com impostos. Uma propriedade em Goiás com uma produtividade média de 1.700 kg BS por ha recolheu, na safra 2016/17, cerca de R$ 2.400,00 de impostos (ICMS, INSS, PIS, COFINS, IR) sobre a produção e mais R$1.050,00 em encargos sociais dos trabalhadores.

A soma equivale quase ao total da receita bruta por hectare obtida pelo produtor de soja, com produtividade de 55 sacas por hectare (média nacional) e vendida a R$ 65,00 a saca.

Quanto ao aspecto ambiental, a seringueira é muito eficiente no sequestro de carbono atmosférico, estocando na sua biomassa e na produção de borracha, se equivalendo a uma floresta nativa.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro /outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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