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Clitoria ternatea (fada azul): uma promessa na produção de flores comestíveis

No Brasil, vemos um grande apelo para a coquetelaria, em drinks azuis, que mudam de cor, oscilando para o roxo/rosa

Fotos: Amanda Brasil

Amanda Teixeira Fonseca Brasil
Gastróloga, produtora de PANC e bolsista da FAPERJ – CapacitAGRO PANC
amandabrasil.panclandia@gmail.com

Instagram: @panclandia @labpanc_rj

Conhecida popularmente como cunhã, clitória, feijão borboleta ou o nome preferido do momento, pelo apelo comercial fada azul, essa flor comestível tem sido uma das mais procuradas por chefs e confeiteiros, por ser um dos poucos alimentos naturalmente azuis permitido no cardápio.

Pertencente à família botânica Fabaceae, esta planta é uma herbácea trepadeira, perene, que pode atingir até 3,0 m de comprimento. Nativa da Ásia, possui usos populares em sua culinária, principalmente na Tailândia e Malásia. Suas flores são de um azul forte de interior branco, e qualquer semelhança com o nome científico não é mera coincidência.

As flores também podem ter alguns pares de pétalas a mais (dobradas), ou ainda serem encontradas nas cores, roxa, lilás e branca, mas é o azul que ela empresta que vem ganhando o coração dos entusiastas da alimentação não convencional.

O cultivo da clitória

A propagação da clitória pode ser feita por sementes ou por estaquia, sendo a primeira a mais prática e eficiente. É importante lembrar que se trata de uma herbácea trepadeira, logo, é importante utilizar algum tipo de tutor (arame, bambu, treliça ou arco).

O clima ideal para cultivo são temperaturas entre 15 e 40°C, visto que se trata de uma planta nativa de climas tropicais e equatoriais. Essa oscilação na temperatura demonstra que a planta é resistente tanto ao calor quanto ao frio, sem sofrer grandes danos.

Esta planta é uma herbácea trepadeira

Porém, são nos meses mais quentes do ano que a planta apresenta seu esplendor, sendo necessário pelo menos 6,0 – 7,0 horas de sol pleno por dia. Isso garante uma explosão de flores saudáveis diariamente.

O solo deve ser rico em matéria orgânica, aerado e com boa drenagem para evitar o encharcamento e o posterior apodrecimento das raízes. Isso é muito importante, sobretudo com relação à frequência das regas, que no primeiro momento de desenvolvimento da planta deve ser frequente. Depois, pode ficar espaçada, dependendo das condições climáticas do local onde estão sendo cultivadas.

Adubação

Se o solo for naturalmente fértil, não há necessidade de adubação, pois a planta tem capacidade de prosperar nessas condições. Porém, para garantir maior saúde e vigor na produção das flores, o recomendável é utilizar fertilizantes ricos em fósforo e potássio.

É importante frisar que fertilizantes nitrogenados, se usados em excesso, promovem um crescimento excessivo das folhas, o que pode atrapalhar o aparecimento das flores, que é a parte alimentícia e economicamente interessante da planta.

Para que a planta tenha uma aparência mais estética e saudável, a poda dos ramos terminais e mais finos é bem-vindas, e deve ser feita, preferencialmente, no momento de dormência da planta.

Usos medicinais e alimentícios

A clitória é uma planta com uso medicinal consagrado na medicina Ayurvédica, citada como ansiolítica e antidepressiva, por seus excelentes resultados como sedativa e tranquilizante.

Hoje em dia é uma erva recomendada para casos de insônia, e também oferece ação diurética, anti-inflamatória, hepatoprotetora e laxante, além de estar sendo estudada por seus efeitos benéficos para controle da glicemia.

Na culinária, a clitória têm sido cotada como fonte de natural de cor azul. A planta é considerada tintória, ou seja, oferece pigmentação forte, suficiente para colorir os alimentos. É normal vermos pratos de arroz, massas ou sobremesas coloridas de azul em diversos pratos na Ásia.

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