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Clones são fundamentais para sucesso na heveicultura

Paulo de Souza Gonçalves

Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas e pesquisador da Embrapa, lotado no Instituto Agronômico (IAC), professor de pós-graduação em Agricultura Tropical e Sub-tropical do IAC

paulog@iac.sp.gov.br

Crédito Shutterstock

Em heveicultura é comum utilizar o termo clone, que nada mais é do que uma variedade ou cultivar produzida pelo cruzamento entre dois genótipos (clones ou pés-francos) possuidores de caracteres divergentes, tais como produção, resistência a doenças, vigor, etc.

Após a indução do cruzamento, obtêm-se as progênies, que em seu interior podem existir indivíduos desejados no que tange aos caracteres referidos. Multiplicados assexuadamente, eles são chamados de clones, que em seguida são submetidos a três seleções ao longo do ciclo de 30 anos, até a recomendação final em larga escala a nível de produtores.

Trata-se de um procedimento longo por ser uma cultura perene que requer muito cuidado ao se recomendar ao produtor.

 

Os pés-francos

 

Outro material utilizado pelo produtor, mas não recomendado, é o pé-franco (planta originária da semente), cuja capacidade produtiva é muito baixa e variável. Enquanto um clone produz 2.500 kg ha¹ ano¹ de borracha seca, o pé-franco produz em média 400 kg ha¹ ano¹, ou seja, seis vezes menos.

 

Como escolher?

 

Existem clones mais e outros menos vigorosos e produtivos, e ainda aqueles mais ou menos suscetíveis a pragas e doenças existentes no local. Os mesmos são recomendados a depender do clima, solo e local escolhido.

É interessante enfatizar que, devido a variações de clima e tipos de solo, existem, no Estado de São Paulo, os clones indicados para a região do Planalto, que não são os mesmos da região litoral.  Os clones do Planalto são mais produtivos porque trata-se de uma região de ‘escape’ ou seja, não corre incidência da doença mal-das-folhas, causada pelo fungo Microcyclusulei, fator limitante à heveicultura, contrário à região litoral (alta umidade). Nessa região sugerem-se clones resistentes à referida doença.

A escolha dos clones mais adequados deve partir da avaliação nas condições edafoclimáticas da região ou do clima e solo semelhantes ao que se deseja plantar. Como dito anteriormente, nem sempre um clone que é bom para uma região o é para outra.

O material adequado para uma região é aquele que apresenta alta produção, vigor e resistência a doenças. Existem outros caracteres de maior importância que poderão contribuir para a redução da produção, como seca do painel, quebra pelo vento etc., porém, o mais importante é a produção e vigor para que o produtor inicie a sangria precocemente ou em relação ao convencional, que é de sete anos.

Os clones IAC da série 500 são considerados mais precoces do que o clone mais plantado no Estado, que é o RRIM 600.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro /outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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