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Coloração da casca é atrativo para consumidores de cebola

 

O manejo da lavoura pode influenciar na coloração da cebola - Crédito Luize Hess
O manejo da lavoura pode influenciar na coloração da cebola – Crédito Luize Hess

O mercado busca cebola de formato arredondado e coloração de casca ideal. Para isso, os cebolicultores podem contar com híbridos que proporcionam as características ideais

 

Cada região brasileira tem um padrão de tamanho e formato preferido pelo consumidor. Entretanto, em termos de sabor e pele, a opinião é unânime: um tipo pungente, mais ardido e com uma casca bem aderida à cebola, de cor vermelha pinhão a marrom, caracteres que despertam no consumidor o desejo de adquirir e consumir a hortaliça. “E isso se deve ao fato de as cebolas apresentarem diferentes regiões de origem“, explica Luis Fernando Gundim, consultor técnico da Cia da Terra.

Coloração da casca

É possível encontrar quatro cores de casca, dois formatos, três tipos de sabores, quatro categorias de qualidade e sete classes de tamanho. Há, portanto, uma variabilidade muito grande e que atende às predileções de cada região do país. Luis Fernando volta a ressaltar que as cebolas do tipo crioula têm a coloração padrão mais exigida, enquanto as de casca em formato de escamas, rígidas e bem aderidas à cebola são as mais preferidas.

Essas características são originadas da cebola argentina, que conquistou o mercado nacional não só pelo preço, mas também pela qualidade do produto final. Além disso, é classificada e padronizada, o que agradou ao consumidor e apresentou um tempo de prateleira maior (shelf life).

Para o Brasil, estão disponíveis vários híbridos de cebola, mas a escolha deve levar em consideração a devida época de plantio. O consultor garante que várias delas obedecem ao fenótipo citado.

Valor de mercado

Se atendidas as características citadas anteriormente, o produtor pode agregar valor ao seu produto final. “O mercado pede cebolas com maior qualidade; aliás, o consumidor compra a imagem do produto, e isso faz com que as cebolas com essas características alcancem um preço melhor“, justifica Luis Fernando.

Ele acrescenta que existem outras variedades e híbridos com características desejáveis para algumas regiões do Brasil, como coloração de casca, formato de bulbo e sabor, que aumentam o valor da cebola no mercado. No entanto, por produzirem menos e demandarem um controle fitossanitário mais aprimorado, são encontradas com menor frequência.

Produtividade

Luis Fernando dá uma ideia do crescimento tecnológico do Brasil, que em 1961 tinha uma produtividade média nacional de aproximadamente 4,0 t/ha, e atualmente está entre 20 e 25 t/ha. Quanto às cebolas híbridas, aproximam-se de 50 e 60 t/ha, quando plantadas no início do ano, podendo chegar a 120 t/ha, quando plantadas depois de abril, tendo ainda como vantagem a boa “tolerância“ a doenças foliares.

Investimento

Qualquer sistema de plantio visando uma produção de alta qualidade e padrão exige maior investimento. No caso da cebola, os investimentos são em sementes de qualidade e indicadas para a época de plantio ideal; calagem e nutrição de base feitas de acordo com a análise de solo; nutrição foliar acompanhada por profissionais com conhecimento específico e uso de produtos com qualidade; e manejo de doenças e pragas feito com profissionalismo e mais tecnologia, tanto de produtos com maior eficiência e qualidade, como em tecnologia de aplicação e acompanhamento técnico específico. “Por último, e para mim o mais importante na cultura, está o manejo operacional“, pontua Luis Fernando.

Custo-benefício

O preço da cebola no mercado brasileiro oscila muito, exigindo que o produtor corra atrás de altas produções e de qualidade. A hortaliça tem uma relevância muito grande no mercado nacional, o que faz com que ela protagonize momentos felizes e tristes para o bolso dos produtores.

 

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