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quinta-feira, abril 18, 2024
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Como é a Leprose diferenciada em cafeeiros no Norte de Minas?

Autores

José Braz Matiello
Engenheiro agrônomo da Fundação Procafé
Lazaro Soares Pereira
Engenheiro agrônomo
John Duarte
Técnico agrícola da Fazenda Ouro Verde
Créditos: José Braz Matiello

A leprose é uma doença de cafeeiros provocada pelo vírus da mancha anular, que pode incidir em folhas, ramos e frutos da planta. Ela tem distribuição bem ampla, porém, sua maior gravidade tem acontecido em regiões mais quentes e secas, como no Triângulo Mineiro.

A enfermidade é transmitida pelo ácaro da leprose ou ácaro plano, Brevipalpus phoenicis. Nos citros o vírus é conhecido por Citrus leprosis vírus (CiLV), transmitido pelo mesmo ácaro.

Região mineira

 Em lavouras de café no Norte de Minas, em Pirapora e Bocaiuva, a doença tem apresentado condições de ocorrência e sintomatologia diferenciadas. Nas condições distintas se destaca a área da planta afetada.

Na leprose normal, as folhas internas da planta são as mais atacadas. Ainda, na condição normal a parte mais atacada dos cafeeiros é o lado voltado para o sol da tarde, face mais quente das plantas. Na situação do Norte de Minas o ataque é maior nas folhas externas e atinge os últimos pares de folhas.

O lado com maior ataque se inverte, com maior infecção do lado da linha dos cafeeiros voltado para o sol da manhã, ou seja, na face mais sombreada e fria da planta. Diferença marcante é observada, também, quanto ao tipo de sintomas. Na leprose normal, as lesões se desenvolvem na forma de círculos translúcidos e têm tamanho maior.

Na condição de ocorrência no Norte de Minas, as lesões são pequenas e aparecem como pontos amarelados, sem círculos característicos. Nessa condição nova, observa-se bastante desfolha pela doença.

Causa

O diferencial observado na ocorrência da leprose, nas lavouras de café no Norte de Minas, pode ser devido à presença de outra estirpe do vírus, o que é comum em doenças viróticas e, ainda, a um hábito diverso do ácaro transmissor, o que deve ser objeto de estudos posteriores. Ressalta-se que a variedade plantada em maior escala nas duas regiões é a mesma, a Catuaí.

Observa-se, em cafeeiros em Bocaiuva, algumas lesões da leprose nas folhas, mas o principal dano é a intensa queda de folhas, decorrente desse ataque.

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