28.6 C
Uberlândia
quarta-feira, abril 24, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosHortifrútiComo escolher a estufa correta

Como escolher a estufa correta

 

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor em Nutrição de Plantas/UFRRJ

glauciogenuncio@gmail.com

Everaldo Zonta

Doutor em Fertilidade do Solo/UFRRJ

Elisamara Caldeira do Nascimento

Doutoranda do CPGA-CS/UFRRJ

 

Como escolher a estufa certa - Crédito Viverde KtifO termo estufa designa uma estrutura de proteção às plantas sem o controle ambiental, em que prevalecerão as variáveis locais de acordo com a época do ano, com possíveis acréscimos de temperatura ao ambiente externo, em condições de altas temperaturas regionais.

Já o termo casa de vegetação corresponde a estrutura de cultivo protegido com condições ambientais controladas (temperatura, umidade, irradiância, ventos internos).

De modo geral, as casas de vegetação são utilizadas para cultivos de maior valor agregado, como a floricultura e a produção de frutos como morango e tomate. Para o cultivo de hortaliças folhosas, as estufas são mais utilizadas. Vale ressaltar que, para este grupo, algumas tecnologias são incorporadas ao sistema, tais como o uso de telas de sombreamento e nebulização.

Opções

Em relação aos tipos de estufa, tem-se a predominância da estufa tipo arco, que pode ser toda em ferro galvanizado e/ou com pintura eletrostática ou mista (ferro na parte aérea e esteios em madeira).

As estufas tipo arco (que é um nome genérico) podem ser subdivididas em circular, ogival e elipse, sendo que este grupo apresenta uma melhor distribuição da radiação solar quando comparado aos demais grupos, assim como apresenta uma melhor aplicação e durabilidade do plástico, e alta resistência ao vento.

Um segundo grupo são as estufas tipo capela ou duas águas, que podem ter angulações diferenciadas entre o esteio e a parte aérea, cuja variação é de 15 a 35º. Tais variações associadas ao posicionamento do sol (hemisférios norte e sul) em relação à Rosa dos Ventos vão conferir às estufas uma maior ou menor irradiância, assim como o posicionamento fixo ou móvel de sombras no interior da estufa (incluem-se aqui também as estufas tipo arco e dente de serra).

Assim, o terceiro grupo, que é o dente de serra, um tipo de estufa que estruturalmente detém uma abertura zenital, facilita a circulação do ar quente. E, por fim, tem-se a estufa tipo londrina, que é utilizada principalmente na região sul do Brasil para a produção de uvas.

Este tipo de estrutura possui o teto praticamente reto, e é recomendado para regiões ou épocas de pouca chuva. Sua construção é simples, utiliza esteios e arames, sendo o teto formado de malha dupla de arame que sustenta o plástico. A cobertura pode apresentar inclinação mínima ou leves ondulações para facilitar o escoamento das águas das chuvas.

Atualmente, este modelo vem sendo adotado na região nordeste para a produção em hidroponia, com a aplicação somente de telas de sombreamento.

Instalação

As estufas tipo arco, capela e dente de serra podem ser implantadas de forma individualizada, ou geminadas. Um dado importante é que a geminação não deve passar de cinco estufas por bloco, devido à alteração de variáveis no centro da estufa, como o decréscimo de CO2 em função da possível redução da circulação de ar e, consequentemente, do CO2 que é utilizado para o processo fotossintético.

Critérios na escolha

Características climáticas, tais como altitude em relação ao nível do mar, chuva, vento e temperaturas na época mais quente; presença de pragas e doenças sistêmicas ou endêmicas (com a possível recomendação de telas laterais específicas, como as telas antiafídeas); cultura a ser implantada, pois caso o produtor queira utilizar a própria estrutura para o tutoramento de plantas como tomate, pepino, pimentão, a estrutura deverá ser dimensionada para suportar cargas acima de 20 kg/m2, significando a necessidade da aquisição de estruturas mais reforçadas.

Alternativas

Para cada tecnologia implantada existe um acréscimo, tanto em investimento como em custo operacional, a saber: aplicação de plásticos com aditivos que atendam as características inerentes ao projeto, tais como difusor de luz, assim como o plástico Suncover Av Blue; uso de telas termoreflectivas e/ou que selecionam comprimento de onda (luz), como a Chromatinet Leno; aplicação de nebulização em regiões que não apresentem excesso de umidade, uma vez que a eficiência deste sistema é muito reduzida em ambientes com excesso de umidade relativa do ar; ventilação forçada, como o uso combinado de ventiladores e exaustores, e sistema de resfriamento evaporativo, como o sistema “Pad and fan“.

Estruturalmente, é fundamental que o produtor situado em regiões quentes possua um projeto que preconize o pé direito acima de 3,20 m e abertura zenital.

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Clique aqui para adquirir já a sua.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Bandeja ideal para a produção de mudas de alface

 São muitos os modelos de bandejas para a produção de mudas. Assim, é importante estar atento e escolher a melhor opção   O sucesso de uma...

Qual a influência da densidade de plantio na produção madeireira?

Autores Ernandes Macedo da Cunha Neto netomacedo878@gmail.com Gabriel Mendes Santana gsantanaflorestal@gmail.com Iací Dandara Santos Brasil iacidandara@yahoo.com.br Mestrandos do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal...

Sistema automático de irrigação detecta baixa umidade no solo

Um equipamento que aciona automaticamente a irrigação ao detectar a baixa umidade no solo está sendo desenvolvido. A tecnologia consegue reduzir o consumo de...

Oro Agri deve triplicar faturamento no Brasil

Presente em mais de 100 países, a Oro Agri planeja elevar sua participação em 300% nos próximos cinco anos. Este planejamento ambicioso já é resultado imediato...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!