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Cuidados no plantio do milho

 

Ademilson de Oliveira Alecrim

Mestrando em Fitotecnia/Cafeicultura pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro associado ao Núcleo de Estudos em Cafeicultura ” NECAF e Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia ” GHPD

ademilsonagronomia@gmail.com

Thales Lenzi Costa Nascimento

thaleslenzi@agronomia.ufla.br

Giovani BeluttiVoltolini

giovanibelutti77@hotmail.com

Graduandos em Agronomia ” UFLA e membrosdo NECAF e GHPD

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

A produção nacional de milho tem grande destaque na alimentação mundial, visto que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores do grão, com grande relevância na cadeia alimentícia e nos aspectos socioeconômicos do País. Neste sentido, são cada vez mais necessárias novas tecnologias e aprimoramento do cultivo deste cereal visando à elevação da produtividade e, consequentemente, da produção nacional.

Cuidados a serem tomados

São muitos os cuidados a serem tomados antes, durante e após o ciclo de produção da cultura do milho, sendo imprescindível a atenção por parte dos agricultores aos inúmeros fatores que podem influenciar no sucesso da lavoura.

O primeiro passo é a realização da amostragem de solo e posterior análise química, visando a quantificação nutricional e, consequentemente,a necessidade de correções dos índices de acidez e saturação por alumínio. Portanto, se necessário, a calagem é de grande importância para a correção da acidez do solo, permitindo assim a maior absorção dos nutrientes pelas plantas.

Da mesma forma, o gesso também pode ser utilizado, desde que necessário, visando à neutralização do alumínio no solo, visto que este é muito tóxico e afeta o desenvolvimento do sistema radicular das plantas.

Após a correção do solo, o próximo passo é o preparo do mesmo, por meio de arações e gradagens. Entretanto, com o advento do sistema de plantio direto, estas práticas não são mais realizadas, de modo a não revolver o solo, conservando sua estrutura física e contribuindo assim para a redução na intensidade da erosão.

Cada região possui uma época mais recomendada de semeio - Crédito Shutterstock
Cada região possui uma época mais recomendada de semeio – Crédito Shutterstock

O próximo passo

Posteriormente a essas ações, é hora do agricultor tomar uma importante decisão – a escolha da variedade a ser plantada. O mercado dispõe de variadas opções de híbridos de milho, cada qual com suas peculiaridades. Alguns são resistentes a pragas, doenças, a estresses, como o déficit hídrico, ou também a determinados tipos de clima.

Portanto, cabe ao produtor escolher o que melhor se adapta a sua região de cultivo e que mantenha características de boa produtividade.

O produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio - Crédito Luize Hess
O produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio – Crédito Luize Hess

Etapas

Outros fatores influenciam de maneira direta no desenvolvimento e na produtividade do milho. Por isso, o produtor deve se atentar a algumas etapas a serem seguidas, visando sempre incrementos na produção por área da lavoura. Dentre estas etapas podemos destacar o tratamento das sementes, que auxilia de maneira direta no combate inicial a pragas e doenças e, mais recentemente, na germinação e desenvolvimento inicial das plântulas, por meio do tratamento das mesmas com biorreguladores (auxinas, citocinina e giberelina).

A época de semeadura também é de grande importância, visto que o ciclo fenológico da cultura requer algumas características em determinadas épocas do ciclo vegetativo. Assim, a época deve ser definida de modo a coincidir o período de floração com os dias mais longos do ano, aliado à etapa de enchimento dos grãos coincidindo com o período de temperaturas mais elevadas e de maior radiação, além de boa disponibilidade hídrica.

Portanto, cada região possui uma época mais recomendada de semeio, e é de grande importância que a mesma seja realizada corretamente, pois por cada dia de atraso na semeadura é estimada uma perda de 60 kgha-1.

 É na semeadura que serão definidos o número de plantas - Crédito Ademir Torchetti
É na semeadura que serão definidos o número de plantas – Crédito Ademir Torchetti

Tratos importantes

A profundidade de semeadura também é muito importante, podendo variar de 5 ” 7 cm em solos arenosos e de 3 ” 5 cm em solos de textura argilosa. Sobretudo, a profundidade deve ser definida para propiciar as melhores condições de desenvolvimento, sejam elas hídricas e/ou físicas.

Por fim, o produtor deve optar por um espaçamento que resulte em diferentes densidades de plantio, de acordo com a opção escolhida. Muito tem se discutido a respeito do aumento no número de plantas por área visando à elevação da produtividade. Entretanto, se faz necessário a opção por uma densidade intermediária, pois em excesso as plantas irão competir entre si e comprometer o desenvolvimento e a produção da lavoura.

Cuidados com a regulagem e manutenção da semeadora, assim como da velocidade de semeio, são de grande importância para evitar possíveis danos às sementes, além de falhas no processo de semeio.

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