As mudanças climáticas continuam a moldar a realidade do planeta, e as projeções para 2025 não deixam dúvidas: os impactos serão mais intensos e exigirão esforços conjuntos entre sociedade, empresas e governos. De enchentes urbanas a perdas na produção agrícola, passando por eventos climáticos extremos, o ano de 2025 deve evidenciar a urgência de ações efetivas.
De acordo com Rodrigo Salvetti, geólogo e professor do curso de Ciências Biológicas do CEUNSP, as áreas urbanas enfrentarão desafios crescentes com enchentes e alagamentos frequentes devido à impermeabilização do solo e à intensificação das chuvas. Nas áreas rurais, o excesso de chuva em períodos concentrados, pode causar erosão, prejudicando a fertilidade do solo e a produtividade agrícola.
“Estamos diante de um cenário em que o desequilíbrio climático não afeta apenas o meio ambiente, mas toda a estrutura econômica e social. É hora de tomarmos decisões mais ousadas e cumprirmos as promessas feitas em acordos como o de Paris”, afirma Salvetti.
As inovações tecnológicas têm papel central na mitigação dos impactos climáticos. Fontes de energia renovável, como solar e eólica, são alternativas viáveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, as tecnologias emergentes, como células de hidrogênio e avanços na fusão nuclear, oferecem perspectivas promissoras. O especialista explica que “enquanto as soluções ainda se consolidam, ações como o plantio massivo de árvores e a preservação de florestas são estratégias rápidas e eficientes para capturar carbono e reduzir os gases de evento estufa”.
Outro ponto crucial é a segurança alimentar. Alterações no padrão de chuvas e eventos climáticos extremos estão desafiando a produção agrícola em todo o mundo. Salvetti alerta que é fundamental investir em irrigação eficiente, desenvolvimento de espécies resistentes às novas condições climáticas e na adaptação de áreas agrícolas para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda.
Além disso, o papel da população e das empresas também é um fator decisivo. A adoção de práticas como o uso de transporte sustentável, a redução do consumo energético e a geração de energia limpa são passos importantes. “A responsabilidade é coletiva. Enquanto governos precisam acelerar suas metas climáticas, cada indivíduo e organização pode adotar medidas para reduzir seu impacto no planeta”, conclui o docente.
Com a chegada de 2025, o especialista reforça que o tempo para agir é agora. Enfrentar as mudanças climáticas requer, não apenas compromisso público, mas a mobilização da sociedade em todas as suas esferas.