Autora
Martha Cristina Ramos – Engenheira agrônoma, mestra e Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA) – marthinha.ramos@yahoo.com.br

A embalagem apropriada para frutas é essencial para manter a qualidade do produto durante o transporte e a comercialização. Além de proteger, a embalagem com recipientes de embarque serve para homogeneizar o produto e permite o seu manuseio. A embalagem deve ser resistente:
Ü Ao manuseio durante a carga e descarga;
Ü À compressão do peso sob outros recipientes;
Ü Ao impacto e à vibração durante o transporte;
Ü À alta umidade durante o pré-resfriamento, o trânsito e o armazenamento.
Atualmente, vários tipos de embalagens são utilizados no comércio da banana no Brasil. Existe uma grande diversidade de caixas para 10, 15, 18, 20, 23 e 25 kg de banana madura, confeccionadas com madeira, duratex (eucatex), plástico ou papelão.
As embalagens atualmente registradas para banana, no Ministério da Agricultura, são apenas de três tipos de torito e uma caixa de papelão. O toritão tem dimensões (comprimento, largura, altura) de 575 x 285 x 350 mm. O torito I tem dimensões de 500 x 350 x 265 mm. O torito II tem dimensões de 500 x 350 x 280 mm. A caixa de papelão oficial tem dimensões de 450 x 286 x 212 mm.
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O principal problema, porém, é a indefinição da capacidade de cada embalagem. Algumas vezes define-se apenas o peso bruto e não o peso líquido, que é o que realmente importa.
Os principais cuidados que devem ser tomados ao encaixotar as frutas são:
l Usar embalagens adequadas;
l Colocar o volume adequado de frutas para cada tipo de embalagem;
l Dispor os buquês de acordo com a forma indicada para cada tipo de embalagem;
l Evitar o ferimento das frutas nas paredes das embalagens;
l Utilizar materiais de proteção (plástico e papelão) para separação dos buquês dentro das caixas.
A embalagem de papelão é utilizada principalmente para bananas destinadas ao mercado externo, enquanto as de madeira são utilizadas no mercado interno.
Alerta
Um fator que acentua a perda na comercialização é o uso inadequado da embalagem. Apesar de ser retornável e resistente, a caixa de madeira possui superfície áspera, aberturas laterais cortantes e pode funcionar como foco de doenças.
Sua profundidade excessiva suporta volumes superiores aos recomendáveis, comprometendo a durabilidade e a qualidade do produto. Atualmente, recomenda-se o uso de caixas de papelão ondulado, que protegem o produto contra choques mecânicos e suportam ambientes úmidos.
Outro material importante no processo de embalagem é o plástico, que tem sido usado como alternativa em relação ao papelão e às caixas de madeira. As caixas plásticas desmontáveis e retornáveis possuem superfície interna lisa, frestas nas laterais e na base, que facilitam as trocas gasosas dos frutos, e encaixes que evitam o deslizamento quando empilhadas.