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Família de agricultores vira referência em qualidade de café

osé Alexandre e Greciano na propriedade Forquilha do Rio
osé Alexandre e Greciano na propriedade Forquilha do Rio

Com produção totalmente familiar, café produzido em Espera Feliz coleciona prêmios em concursos e conquista mercado internacional

Uma família do município de Espera Feliz, na região da Zona da Mata de Minas Gerais, se transformou em referência de qualidade na produção de café. O segredo, como descrevem os próprios produtores da propriedade Forquilha do Rio, é o conjunto de alguns fatores: condições climáticas da região, trabalho em família e assistência técnica da Emater-MG. O resultado são prêmios pela qualidade do café e a exportação do produto.

A produção de café na propriedade é totalmente familiar e atravessa gerações por mais de 60 anos. Tudo começou com o pai de Onofre Alves de Lacerda. Atualmente, a propriedade conta com mão de obra dos filhos do senhor Onofre, e seus cônjuges, e a participação de netos. Ao todo, são 15 pessoas atuando em uma área de 19 hectares, com aproximadamente 12 hectares de plantação de café. Tudo em uma altitude, em média, de 1.280 metros.

“Temos uma série de fatores que influenciam na qualidade do nosso café. O clima, o solo, a altitude e o trabalho em família são alguns deles. Também tem o cuidado no momento da finalização da produção, com mão de obra qualificada, e o carinho pelo nosso trabalho. Fazemos tudo com muita dedicação“, destaca o produtor José Alexandre Abreu de Lacerda, filho do senhor Onofre.

Parceria de sucesso

A qualidade do café produzido na fazenda Forquilha do Rio começou a chamar atenção já nas primeiras participações em etapas do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, realizado pela Emater-MG. “Percebemos o potencial do produto e começamos a enviar amostras do café para o concurso. O resultado foi excelente. Boas colocações em concursos regionais, estaduais e, até, em nível nacional“, ressalta o técnico da Emater-MG, Júlio de Paula Barros que presta assistência técnica na propriedade da família há 28 anos.

A produção gerou vários títulos, entre eles o primeiro lugar no 9º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café (2012), na Categoria Microlote. No Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais já são três anos seguidos como vencedor da Etapa Muriaé e da Etapa Regional Matas de Minas e a primeira colocação na Etapa Estadual 2012 (Categoria Cereja Descascado).

Onofre Alves Lacerda(pai do José Alexandre) e Julio de Paula Barros (Emater)
Onofre Alves Lacerda(pai do José Alexandre) e Julio de Paula Barros (Emater)

O trabalho em equipe é tanto, que a cada concurso vai um membro para representar a família. Seja o senhor Onofre, José Alexandre ou Greciano Lacerda Moura (genro de Onofre), o sentimento de realização é sempre o mesmo. “Sem o apoio da Emater-MG não teríamos alcançado e nem descoberto toda esta qualidade no nosso café. É uma parceira indispensável, com um profissional (extensionista Júlio) extremamente dedicado. Ele ajuda a selecionar os melhores lotes e enviar para análise. Acompanha nossa produção de perto e oferece toda assistência necessária“, diz José Alexandre.

“Primeiro iniciamos um trabalho com foco na produção e na produtividade. Com respostas positivas, passamos a focar na qualidade. Para manter a qualidade do grão, também apostamos na análise do solo. O processo garante a adubação correta. A partir da análise fazemos a recomendação para os períodos em que a lavoura deverá receber cuidados especiais“, informa o extensionista da Emater-MG.

Mercado Internacional

Japão, Estados Unidos, Noruega e Alemanha são alguns dos países interessados no café produzido em Espera Feliz. Com o destaque alcançado nos concursos de qualidade, compradores de diversos mercados procuram a família para comprar a produção de aproximadamente 400 sacas por ano.

A exportação do café representa aumento na renda da família. Ao comercializar o café com atravessadores da região, a saca é vendida em média por R$ 430,00. Já no mercado internacional a família consegue comercializar por  R$ 950,00 a saca. “Estamos com uma demanda muito grande que mal estamos conseguindo atender. Recebemos recentemente interessados do Japão e temos interessados de diversos países“, conta José Alexandre.

Turistas interessados

A qualidade da fazenda Forquilha do Rio também está chamando a atenção de turistas e apreciadores. Muitas pessoas vão até a propriedade para conhecer a produção de perto. No local os visitantes podem apreciar a bebida com grão torrado na hora e aproveitar para comprar e levar para casa aquele que é considerado um dos melhores cafés de Minas Gerais.

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