21.6 C
Uberlândia
quarta-feira, dezembro 4, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosFerrugem surpreende produtores no Sul de Minas com evolução atípica e mais...

Ferrugem surpreende produtores no Sul de Minas com evolução atípica e mais agressiva

 

Créditos Cristiano Soares de Oliveira
Créditos Cristiano Soares de Oliveira

Na região Sul de Minas Gerais, produtores estão surpreendidos pela evolução atípica da ferrugem. Nesse ano, o fungo que parecia controlado até o mês de maio, atingiu mais de 95% de algumas lavouras em Varginha.

 Para Rodrigo Naves Paiva, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, até o produtor que fez a aplicação de fungicidas no tempo certo deverá aplicá-la mais uma vez até o final da colheita.

“O que ocasionou essa pressão foi a evolução da ferrugem de anos anteriores no final dos ciclos. As precipitações em março, juntamente com a temperatura na faixa de 20 a 24ºC, acompanhada de períodos de chuvas e orvalhos, provocou esse índice alarmante“, justifica.

Novas medidas

Contrariamente a outras safras, quando o habitual é que se façam três aplicações – dependendo da variação do clima – neste ano, segundo o agrônomo, a aplicação poderá ocorrer novamente em plena colheita, nos casos em que o fungo atingiu até 65% da lavoura. “Nos casos em que passou deste percentual, não tem mais solução. O produtor deverá colher o café e fazer a triagem após a colheita“, pontua Rodrigo Naves.

O que ocasionou a pressão foi a evolução da ferrugem de anos anteriores no final dos ciclos - Créditos Cristiano Soares de Oliveira
O que ocasionou a pressão foi a evolução da ferrugem de anos anteriores no final dos ciclos – Créditos Cristiano Soares de Oliveira

Alerta

Diante desse cenário, a ferrugem é considerada a doença mais relevante na cafeicultura. Segundo Rodrigo Naves, os fungos causam lesões nas folhas que reduzem a área fotossintética, provocando a desfolha. “Quando há redução nas folhas isso interfere diretamente na produtividade do ano seguinte, porque essas folhas que estão caindo é que ajudam na produção da próxima safra. A folha remanescente ajuda tanto na manutenção como no crescimento do próximo ciclo“, explica.

Com isso, o período atual é de índices elevados de ferrugem, porém, a tendência é que isso diminua nas próximas semanas. “O pico já foi atingido em abril e maio, portanto, essas grandes quantidades de folhas infectadas que caíram, bem como a temperatura amena, com menos chuvas e com a chegada do inverno, reduziram a incidência da praga. Em Boa Esperança (MG), por exemplo, o índice já diminuiu para o produtor“.

 Entretanto, para o agrônomo, o ideal é que o cafeicultor da região fique atento ao relatório mensal desenvolvido para eles, com o aviso fitossanitário de acompanhamento da evolução da ferrugem e de outras pragas.

Essa matéria você encontra na edição de julho da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

ARTIGOS RELACIONADOS

Aposta que deu certo – O cultivo e o mercado da lichia

Paulo Katsuo Tsuge é produtor e proprietário do Grupo Tsuge, na região de São Gotardo (MG), mas sua produção de lichia acontece em Rio...

Coffee O’Melo no Anuário do Café 2022

A Coffee O'Melo está localizada na cidade produtora de Campos Altos, que pertence à região do Cerrado Mineiro. O clima é ideal para o cultivo cafeeiro de lá trouxemos uma história marcante, que o Edu Melo conta neste video e também no Anuário do Café.

Presente original: Isla lança kits descontraídos de sementes

Presenteie com sementes, cultive a natureza e as boas energias!  A temporada das festas de Final de Ano está chegando e com ela as dúvidas...

Como aumentar a vida útil da goiaba em pós-colheita

  Marcos José de Oliveira Fonseca Pesquisador em Fisiologia e Manejo Pós-colheita de Frutas e Hortaliças   A Embrapa desenvolveu um revestimento comestível que conserva a qualidade da...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!