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Fisiologia para altas produtividades do cafeeiro

Fernando Simoni Bacileri

Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

ferbacilieri@zipmail.com.br

Eli Carlos Oliveira

Engenheiro agrônomo, doutor e professor na Universidade Estadual de Londrina (UEL)

elioliveira.agro@gmail.com

José Geraldo Mageste

Doutor e professor” UFU

jgmageste@ufu.br

 

A fisiologia vegetal é umramo da botânica que trata do funcionamento das plantas. Os processos fundamentais de plantas, como a fotossíntese, a nutrição das plantas, respiração, transpiração, função dos hormônios vegetais, estresse vegetal, germinação das sementes, crescimento e frutificação são estudados pela fisiologia vegetal.

Compreender como a planta funciona, bem como a influência do ambiente no crescimento e desenvolvimento,são fundamentais para adotar práticas que possibilitem às plantas expressarem ao máximo seu potencial genético.

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Produtividade

A produtividade da cultura do café é determinada em função do número de plantas por área, do número de nós produtivos por plantas, do número de frutos por nós e pelo tamanho e peso de frutos, ou seja, por componentes que podem ser favorecidos diretamente por um bom manejo fisiológico.

Uma questão recorrente na cultura do café é “Por que em um ano o café produz bem e no outro não?“. O efeito conhecido como bienalidade se expressa no campo porque o ciclo da cultura é dividido em seis fases que normalmente duram dois anos, ou seja, em um ano o café cresce e no outro produz conforme a figura a seguir.

Bioestimulantes estimulam florada - Crédito Ivanir Maia
Bioestimulantes estimulam florada – Crédito Ivanir Maia

Fisiologia

Os processos fisiológicos do cafeeiro dependem do ambiente, da genética das plantas, e são controlados por hormônios vegetais, que sãosubstâncias orgânicas produzidas no interior das plantas e ativos emtecidos jovens em crescimento, queem pequenas quantidades promovem, inibem ou modificam certas características das plantas.

Os grupos clássicos de hormônios vegetais são auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico e etileno. A nível celular, estes compostos controlam a divisão, alongamento e diferenciação celular, que são essenciais ao crescimento e desenvolvimento das plantas.

Nas plantas, dependendo da fase fenológica, os hormônios vegetais podem apresentar efeitos fisiológicos com alterações na expressão de genes e respostas como enraizamento, crescimento, florescimento, frutificação, maturação, senescência, etc.

Tabela 1. Efeitos fisiológicos causados por hormônios vegetais

Hormônios Crescimento Floração Frutificação Senescência
Auxinas Elongação celular (raiz e dominância apical) Formação e crescimento de flores Crescimento de frutos Retarda a queda de flores e frutos
Giberelinas Elongação celular (folhas e outros órgãos) Induz florescimento e aumenta a inflorescência Maior fixação, crescimento de frutos, atraso da maturação Retardo da senescência
Citocininas Divisão celular (folhas e brotações) Diminui o aborto de flores Aumenta a força de dreno para os frutos Retardo da senescência

É proibida a reprodução e/ou utilização desta imagem sem a autorização por escrito do Autor
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Bioestimulantes

Como principais ferramentas de manejo para solucionar problemas fisiológicos do cafeeiro surgem osbioestimulantes. A definição e o conceito de bioestimulantes têm mudado ao longo dos anos em função da diversidade de compostos novos que apresentam efeitos sobre o crescimento, desenvolvimento, metabolismo e a produtividade das culturas, comprovados pela pesquisa.

Uma definição mais recente encontrada na literatura considera os bioestimulantes vegetais como produtos que contenham substâncias e/ ou microrganismos cuja ação,quando aplicados às plantas ou à rizosfera, sejam capazes de estimular os processos fisiológicos naturais para aumentar absorção e eficiência dos nutrientes, além de proporcionar tolerância a estresses abióticos, com maior qualidade das colheitas. Incluem-se nesta categoria microrganismos, ácidos húmicos e fúlvicos, aminoácidos, extratos de algas, entre outros.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de julho de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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