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terça-feira, outubro 8, 2024
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Fungicidas cúpricos para os cafezais

Autora

Raíra Andrade Pelvine
Engenheira agrônoma e doutoranda em Agronomia/Horticultura, Unesp-Botucatu
raira_andpelvine@hotmail.com

Crédito Ana Maria Diniz

O cobre tem três funções principais em seu uso em lavouras de café: ação fungicida, efeito nutricional e atividade tônica. Para exercer a principal finalidade, de agir como fungicida, o cobre deve ter uma fórmula molecular complexada, de maneira a ser pouco solúvel em água, assim liberando lentamente as partículas de cobre metálico.

 A fórmula fungicida do cobre seria: hidróxido de cobre [Cu(OH)2], Oxicloreto de cobre [Cu2Cl(OH)3], oxido cuproso [Cu2O] e o sulfato de cobre (CuSO4).

Deve ser levado em consideração que a aplicação desse produto é nas folhas, então preferencialmente deve ser realizada em dias em que não há previsão de chuvas. Como ele atua diretamente contra o fungo, é preciso garantir que ele terá contato com o patógeno para que ocorra um efeito significativo no controle.

Em campo

Este produto é de baixo efeito residual, então pode ser utilizado em praticamente todas as espécies de plantas, apenas levando em consideração esperar que ele seja eliminado da área de aplicação para posteriormente realizar a colheita.

Atualmente, o cobre é muito utilizado em culturas perenes, como o café e citros, porém, muitos dão preferência a novas moléculas de fungicidas, como estrobilurinas entre outros.

O manejo pode variar conforme a espécie, a região em que se encontra e o método que o produtor tem para a aplicação na planta, e também a fonte de cobre que se utiliza. O importante é garantir que o cobre chegará a ter contato com fungo.

Entre os benefícios estão: elevar a produtividade, ainda mais pela diminuição dos danos aos frutos, como os causados pela cercóspora, que ataca ainda o botão floral, diminuindo o número de frutos por ramo.

Direto ao ponto

Alguns produtores teimam em errar, como não realizar aplicações mais frequentes, já que ocorrem danos em diversas fases da planta. Sendo detectado o fungo, deve ser realizada a aplicação e o monitoramento do patógeno.

O custo para a utilização do cobre com essa finalidade ainda é mais baixo do que os demais fungicidas que se utilizam no decorrer da cultura. E por ser o cobre de valor mais baixo e de alta eficiência para determinados fungos, acaba elevando a qualidade do produto final, pela diminuição do ataque do fungo, e assim diminuindo o custo de produção.


Importante saber

O uso do cobre para ação fúngica mostra-se benéfico, porém, o seu efeito não dura por muito tempo nas plantas, necessitando, muitas vezes, a realização de novas aplicações. Pode-se utilizar sulfato de cobre (CuSO4), sendo que este, quando combinado com cal, resulta na calda bordalesa.

No mercado há diversos produtos prontos para utilização, com enriquecimentos de aminoácidos, entre outros, porém, deve-se levar em consideração o fungo presente na lavoura, pois esse produto é eficiente para alguns, mas pode não levar ao resultado esperado para outros.

Por ser um micronutriente, quando se realiza a aplicação visando os fungos, acaba fornecendo à planta o cobre, evitando-se a deficiência desse nutriente.

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