20.6 C
Uberlândia
sexta-feira, março 29, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosFlorestasGuariroba x pupunha: qual a melhor alternativa?

Guariroba x pupunha: qual a melhor alternativa?

Arthur Netto

Engenheiro agrônomo e consultor da InvestAgro Reflorestamento arthur@investagro.com.br

 

Guariroba x pupunha - Crédito Arthur Netto
Guariroba x pupunha – Crédito Arthur Netto

 
Guariroba x pupunha- Crédito Arthur Netto
Guariroba x pupunha- Crédito Arthur Netto

A palmeira gariroba, também conhecida como guariroba, gereroba, gueiroba, guerova e palmito amargo ou amargoso, é uma planta nativa do Brasil. Ela ocorre desde o Nordeste até os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo encontrada, principalmente, em Goiás e Minas Gerais, onde o seu palmito é muito apreciado.

Diante disso, a gariroba pode ser utilizada como planta ornamental na arborização urbana e em paisagismos, além do consumo de palmito, apenas, diferentemente da pupunha, que permite o consumo de seus frutos na culinária, como bolos, biscoitos, sorvetes, picolés e outras receitas.

A colheita da gariroba é seletiva e pode ser realizada durante o ano todo, a partir de 18 meses, cortando-se toda a planta desde a base. A porção aproveitável do palmito pode pesar de 1 a 3 kg. Apresenta-se por hectare uma produção média de 2.500 palmitos/ano após o segundo ano ” vale ressaltar que essa é uma cultura de, no máximo, quatro anos.

Nesse contexto, a comercialização é realizada com o produto in natura, em peças de 3 a 6 kg. O produto deve ser utilizado de cinco a sete dias após a colheita, por ser perecível, além de já ser industrializado e consumido em supermercados.

Pupunha

A pupunha é uma palmeira muito utilizada na região. Pode ser utilizada como planta ornamental, colheita e palmito, além da possibilidade de consumir seus frutos na culinária.

A primeira colheita para comercialização do palmito ocorre após 18 meses do plantio. O corte deve ser realizado quando a planta tiver de 1,60 a 1,80 metros, valor medido da inserção da folha mais nova até o solo. É preciso evitar o corte na época de seca, pois o rendimento do palmito e sua maciez ficam comprometidos.

O corte das plantas deve ser realizado quando elas atingem diâmetro perto do solo, entre 9 e 15 cm, 18 meses após o plantio. Por apresentar perfilhamento abundante, a cultura de pupunha pode durar 15 anos.

Os perfilhos são ramos laterais e brotos que dão origem a caules múltiplos. Portanto, a pupunha tem uma vantagem sobre a gariroba (sem perfilhos) por apresentar perfilhamento, fazendo com que a cultura dure até 15 anos.

Mais uma vez, a pupunha apresenta vantagens sobre a gariroba: enquanto a segunda palmeira apresenta um palmito de sabor amargo que é apreciado por poucos, o palmito de pupunha é macio e levemente adocicado, sendo saboroso e de boa aceitação no mercado, além de possuir frutos que podem ser consumidos na culinária.

A diferença está no espaçamento: para a gariroba, 1,5 m x 0,3 m; e pupunha, 1,5m x 1,3 m devido, ao seu perfilhamento. Os demais tratos culturais são semelhantes.

 
Rentabilidade
 

Gariroba

Como sua comercialização é in natura, a haste custa, em média, R$ 15,00.

Pupunha

Ao agregar valor em sua venda, o tolete do palmito é a parte mais nobre e custa, em média, R$ 22,00/kg, quando comercializado na forma minimamente processada. Picado, custa cerca de R$ 15,00/kg, e a rodela, R$ 17,00/kg. Esses são os tipos mais comercializados.

 
Essa matéria você encontra na edição de dezembro/janeiro da revista Campo & Negócios Floresta. Clique aqui para adquirir a sua.
 

ARTIGOS RELACIONADOS

Estresses abióticos – O que fazer para não ter prejuízos

Douglas José Marques Professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) douglas.marques@unifenas.br Hudson Carvalho Bianchini Professor de Fertilidade do Solo da Unifenas Danos causados...

Hortaliças pequenas e saborosas têm mais valor

Luis Felipe Villani Purquerio Pesquisador do Instituto Agronômico, Centro de Horticultura felipe@iac.sp.gov.br Paulo César Tavares de Melo Pesquisador da USP-ESALQ, Depto. Produção Vegetal pctmelo@esalq.usp.br   O mercado de hortaliças está sempre...

Melão – Sabor conquista consumidores

  A região Nordeste, onde as temperaturas atingem níveis escaldantes, é propícia para a produção de melão - de grande valor de mercado no País...

Copercampos inicia colheita dos campos sementeiros de forrageiras no MS

Neste mês de julho, a Copercampos iniciou a colheita de mais de 1 mil hectares de capim sudão semeados em São Gabriel do Oeste/MS. A cooperativa...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!