23.6 C
Uberlândia
quinta-feira, abril 25, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosFlorestasHistória do mogno africano no Brasil

História do mogno africano no Brasil

Mogno – Foto: Divulgação

As primeiras sementes de mogno africano chegaram ao Brasil no ano de 1975, através de representantes do Ministério da Floresta e Agricultura da Costa do Marfim. Foram entregues aos pesquisadores da Embrapa do Pará, predizendo ser o ouro verde do Brasil.

Estas árvores mães geraram muitas sementes que se espalharam por todo o país, em plantios esplêndidos que hoje estimamos em mais de 50.000 hectares.

O mogno africano tem sido usado em toda a cadeia de aproveitamento de uma madeira nobre, como movelaria, pisos, laminados, instrumentos musicais, utensílios, dentre outras.

Sua beleza incomparável quanto a cor, ao desenho natural de suas catedrais, vem agregando cada vez mais admiradores e preferência por essa espécie, que além de todos esses atributos é uma madeira limpa sob o aspecto da sustentabilidade. É considerada uma madeira exótica por não ser nativa, e sua origem é sempre de florestas plantadas com fins comerciais e para reposição de áreas degradadas ou áreas de preservação ambiental.  

Madeira: é a matéria prima mais renovável do planeta. Gera créditos de carbono, multifuncional, embeleza e acompanha o ser humano desde o início de sua existência.

Mogno africano, a madeira que representa tudo que o futuro do planeta precisa. 

Nasce a ABPMA

Da união dos plantadores de mogno africano no Brasil, nasceu em 2011 a ABPMA (Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano). Reuniram-se e traçaram suas metas, entre elas tornar o Brasil o maior plantador de mogno africano do mundo.

Parcerias de sucesso em diversas áreas, com os melhores designers, arquitetos, decoradores, luthiers e marcenarias do país, divulgam a versatilidade e a beleza da madeira. Agregamos novos plantadores a cada ano, o que fez da ABPMA a primeira referência quando se fala de mogno africano no Brasil.

Algumas participações relevantes da ABPMA com o mogno africano desde 2011

Mostra Black 2015 – SP

IDA/ Art Rio 2015 – RJ

SPFW São Paulo Fashion Week 2015- SP

DMais Design BH 2015 – BH

Exposição Maria Bethânia 2015 RJ

IDA/Art Rio 2016- RJ

Prêmio Salão Design Madeiras Alternativas 2016 (designer Paulo Alves) – Bento Gonçalves, RS

Casa Vogue na Estrada 2018- BA e MG

Prêmio Casa Vogue Design 2018 (designer Juliana Vasconcellos) – SP

Caravana Modernista 2019- BH

Casa Vogue na Estrada 2020- Trancoso BA

Casa Cor MG 2021

Características da Madeira

Classificamos o mogno africano no Brasil em duas categorias: o mogno jovem e o mogno adulto.

O mogno considerado jovem tem idade entre 8 e 16 anos, sendo o resultado da madeira aproveitável a nível comercial dos primeiros cortes das florestas. Esses cortes são chamados de desbastes e são feitos para abrir espaço na floresta para que as árvores remanescentes tenham maior potencial de crescimento.

Pela idade das árvores a madeira produzida tem um menor diâmetro, e após serrada produz pranchas de 8 a 30cm de largura, de comprimento de 1,50 a 2,60m. Por ser uma madeira clara aceita várias tonalizações. Serve para todos os usos desde pequenos objetos utilitários até a decoração interna em geral, como forros, painéis, portas, janelas e móveis, exceto pisos e decks, por ser ainda uma madeira macia.  Essa mesma maciez favorece a facilidade no beneficiamento, causando pouco desgaste das máquinas. Tem um menor aproveitamento após beneficiada pela pouca largura das pranchas. Poderá sofrer pequeno empeno de algumas pranchas pelo pouco cerne que possui (parte dura e central da árvore), comum a todas as madeiras jovens.

O mogno considerado adulto tem idade de 18 anos acima, onde o cerne (parte dura e central da madeira) já está consolidado. Sua cor é de coloração firme e inconfundível, em tom rosado a castanho avermelhado. Suas toras produzem pranchas de 30 a 60 cm de largura, chegando até a 4mts de comprimento. Mesmo adulto continua sendo uma madeira de fácil trabalhabilidade, e com pouca perda no beneficiamento. Essa largura de pranchas permite a produção de lindas lâminas para revestimento, que bem colocadas formam catedrais e desenhos muito diferenciados. Serve para todos os usos na decoração interna, inclusive pisos e assoalhos, objetos utilitários, móveis de pequeno e grande porte, assim como instrumentos musicais de alta qualidade pela reverberação que produz do som.

Onde comprar o mogno jovem

Atualmente o mogno jovem está sendo comercializado pelos produtores, após serrado e seco em estufa, ou ao ar, com umidade em torno de 14%.

O mogno adulto tem oferta escassa e está restrito a algumas regiões do Brasil, onde as poucas florestas foram plantadas há 18, 20 anos atrás. Localizadas em sua maioria na região do Pará, aonde chegaram as primeiras sementes trazidas para o Brasil. 

Os pontos de venda à varejo da madeira são:

Mogno Jovem:

Palowa em Belo Horizonte, MG

Fubbá.objetos no Rio de Janeiro, RJ

Mogno jovem e adulto:

Marcenaria Fina em São Paulo, SP

Quantidades maiores podem ser compradas diretamente dos produtores da ABPMA, que poderá indicar o produtor mais perto da região da entrega.  

ABPMA na Casa Cor MG21

Em comemoração de seus 10 anos de existência a ABPMA, Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano, participará da Casa Cor MG21 como uma das fornecedoras de madeira nobre para vários ambientes. Considerada a madeira estrela da Casa Cor MG21, o mogno africano estará na inusitada instalação “Sirê”, composta por 660 peças artesanais de cobogós, de autoria da Greco Design. Serão montados 56 conjuntos com 13 peças de desenhos diferentes, cada uma representando os treze orixás africanos. A ideia foi concebida em alusão e como simbiose entre a origem do mogno africano e a cultura africana.

O mogno africano também estará nos projetos de Cynthia Viana, no Bar da Piscina, com um banco de 14 metros e um brise que o emoldura, no pergolado que une a bilheteria e a loja de essências de Andrea Pinto Coelho. O mogno africano mostrará sua versatilidade em esquadrias e movelaria no lindo projeto de Cynthia Silva, feito para o Sebrae MG, onde os produtores mineiros estarão presentes com queijos, cachaças e cafés para degustação. Na lojinha do Sebrae o designer Janduy Xiló colocará à venda seus objetos utilitários e decorativos. Em lugares estratégicos da exposição estarão peças desenhadas por Juliana Vasconcellos, e compondo o ambiente do Sebrae, a premiada Poltrona Mahog.

O mogno poderá fazer parte da vida dos visitantes com os objetos exclusivos e assinados por dez conceituados designers brasileiros, parceiros da ABPMA. Esses objetos estarão à venda na loja A Casa Original, de Pedro Andrade.

ARTIGOS RELACIONADOS

Banana: Redução de produção marca a atividade

A estimativa da produção brasileira de banana para 2019, segundo o Hortifrúti/Cepea da ESALQ/USP, deverá ter uma redução de 1,1% em relação a produção de 2018.

Mini abóboras com diferenciais gastronômicos

Em alta na gastronomia, as mini abóboras estão fazendo sucesso não só pelo seu visual ...

Brasil maior exportador

Responsável por produzir uma quantidade de alimentos que atende a 800 milhões de pessoas ...

Adjuvantes garantem eficiência nas pulverizações

O Brasil é um dos líderes mundiais no uso de defensivos agrícolas, como os herbicidas, ...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!