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Lançado o primeiro bioinseticida para o controle do vetor do greening

Crédito Adriano Carvalho
Crédito Adriano Carvalho

O gerente do Fundecitrus, Juliano Ayres, comunicou no dia 07 de dezembro, durante a Comemoração dos 40 anos da Instituição, o lançamento do bioinseticida agente de controle do psilídeo Diaphorinacitri, vetor das bactérias causadoras do greening ou huanglongbing (HLB), doença causada pelas bactérias Candidatus Liberibacterspp, Candidatus Liberibacterasiaticus e Candidatus Liberibacteramericanos, que afeta todos os citros (laranja, limão e tangerina).

O psilídeo, quando suga a seiva de uma planta doente para se alimentar, serve como transmissor da bactéria causadora da doença, propagando o greening nas lavouras. Essa é a doença mais severa que atinge os citros no mundo, uma vez que as plantas contaminadas não podem ser curadas.

Com o intuito de levar conhecimento adquirido nos laboratórios para o campo, a pesquisa e o desenvolvimento do produto foram frutos da parceira da Escola Superior de Agricultura “Luís de Queiroz“ (ESALQ-USP), do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), e da Koppert, empresa líder mundial em controle biológico e polinização natural.

A pesquisa conduzida durante sete anos pelo doutor e professor ItaloDelalibera Jr., da ESALQ/USP, resultou na seleção do fungo entomopatogênicoIsariafumosorosea. “É uma grande conquista. É o primeiro produto biológico à base de Isariafumosorosea no Brasil e existem poucos no mundo. É uma ferramenta com grande potencial que vem contribuir muito com o setor da citricultura“, analisa ItaloDelalibera Jr.

Solução

A primeira alternativa biológica para o controle do psilídeo D. Citri surge com o nome comercial de Challenger. O inseticida microbiológico é ideal para o Manejo Integrado de Pragas (MIP), registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (nº 28617) e possui uma moderna formulação em suspensão concentrada (SC) que garante a máxima performance desde o momento da diluição em água, preparo do tanque, até o contato com o tegumento do inseto, garantindo que as gotículas fiquem aderidas ao mesmo, iniciando assim o processo de infecção.

Uma vez no interior do inseto, o fungo continua seu processo de desenvolvimento, onde também continua a liberação de enzimas e metabólitos que levam o inseto à morte. Logo em seguida, o fungo inicia o processo de extrusão, colonizando, desta vez, a parte externa do inseto, onde comumente o inseto fica recoberto com uma fina e pulverulenta camada de conídios de tom rosáceo, confirmando assim a morte do inseto pelo fungo Isariafumosorosea. Tanto ninfas quanto adultos são suscetíveis à ação do fungo.

Para o diretor industrialda Koppert do Brasil, Danilo Pedrazzoli, outro importante ponto a ser considerado é a compatibilidade do produto Challenger com defensivos químicos contidos na lista de Produção Integrada dos Citros (PIC), do MAPA, demonstrando que a tecnologia biológica do produto Challenger pode ser consorciada a campo com outras metodologias de controle de pragas, o que novamente evidencia a importância do MIP no manejo de resistência do psilídeo.

Por se tratar de um produto biológico, não deixa resíduos e nem necessita de tempo de carência, pois o ingrediente ativo, o fungo Isariafumosorosea, não é cumulativo em folhas e frutos.

“Estamos muito satisfeitos de poder oferecer ao citricultor uma ferramenta sustentável que reduz o risco de seleção do psilídeo D. Citri, o que o torna resistente a inseticidas químicos“, finaliza Juliano Ayres.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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