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Mistura em tanque: Qual a realidade?

Pesquisas mostram que 97% dos agricultores praticam a mistura

Crédito Luize Hess

A mistura de produtos para pulverização é utilizada pela maioria dos produtores, especialmente para aumentar o número de espécies de plantas daninhas a serem controladas, sendo que essa técnica também é usada na maioria dos países agrícolas do mundo. Para fazer uma mistura eficiente, é importante levar em consideração as espécies ocorrentes na área, espectro de ação de cada produto, dose empregada, compatibilidade entre os produtos e também o custo do tratamento. 

Atenção!

Pesquisas recentes da Embrapa mostram que 97% dos agricultores praticam a mistura de tanque. A técnica contribui para que o produtor consiga fazer o controle de diferentes pragas e doenças com um custo-benefício mais interessante, uma vez que se reduz a quantidade de pulverizações na lavoura. Em vez de aplicar inseticida, fungicida e nutrientes separadamente, isso é feito de uma vez só, reduzindo o custo final da produção.

É uma prática amplamente utilizada pelos agricultores brasileiros. No entanto, isso levanta algumas preocupações, especialmente referentes à compatibilidade entre os produtos misturados. A incompatibilidade poderia alterar a composição física e química das soluções e anular ou enfraquecer a eficácia dos defensivos.

Anteriormente à instrução normativa de 2018, que autoriza o engenheiro agrônomo a receitar a aplicação combinada de agrotóxicos a partir de um acordo feito com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), os agrônomos eram proibidos de prescrever a mistura de tanque. Nesse sentido, a atualização da legislação trouxe um alinhamento entre as práticas do campo e a legislação, além da possibilidade de orientação técnica que pode contribuir em vários aspectos agronômicos, tanto na eficiência dos defensivos agrícolas quanto na tecnologia de aplicação.

Entenda o processo

De acordo com o engenheiro agrônomo Josué Verba, as principais razões para fazer a mistura de tanque são condições de otimização do processo de pulverização, com ganhos operacionais e econômicos, levando em consideração as interações entre ingredientes ativos que potencializam seu efeito ou aumentam o espectro de controle.

Sem orientação, não faça

Vale ressaltar a importância do acompanhamento técnico das misturas em tanque. Existe uma ordem específica de misturas, levando em conta o tipo de formulação e a adição de adubos foliares.

O desconhecimento das interações dos diferentes produtos adicionados à calda de pulverização pode causar precipitação de compostos, entupimento de bicos, fitotoxicidade na cultura de interesse, entre outros problemas.

Existe uma ordem para adicionar os produtos na mistura. Normalmente, inicia-se pelos mais difíceis de serem solubilizados em calda — em pó ou em grânulos. Depois, vão os mais líquidos e mais fáceis de serem diluídos. Essa ordem é muito importante.

A orientação é estar sempre acompanhado de um engenheiro agrônomo.

Fonte: Agrolink

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