20.6 C
Uberlândia
sexta-feira, dezembro 13, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiMomento técnico - Método de formação de mudas em bandejas

Momento técnico – Método de formação de mudas em bandejas

 

José Carlos da Silva

Viveirista técnico ” CREA n°170647 / ID

 

Crédito Divulgação
Crédito Divulgação

Como já sabemos, nem tudo são flores! É evidente que todo processo ou método desenvolvido pelo homem tem como objetivo o atendimento ao crescimento da humanidade, possibilitando mais conforto na vida e no dia a dia das pessoas.

Em visita e até mesmo em contato com muitos profissionais da área, ouvi relatos das dificuldades encontradas por viveiristas que produzem mudas em bandejas. A fim de esclarecer muitas dúvidas, dedico este momento técnico aos viveiristas do Brasil.

Como já conhecemos as inúmeras vantagens do método de produção e comercialização de mudas em bandejas, para um perfeito entendimento do método de produção de mudas temos que avaliar suas falhas ou deficiências e a forma de amenizá-las.

à Bandejas: possuem células separadas (individual), isto é, não permite a troca de umidade e de nutrientes entre elas e, por se tratar de células pequenas, as reservas de nutrientes são mínimas.

  • § Como superar: implantar um sistema de irrigação por microaspersor, tipo bailarina, com pressão, vazão e alta eficiência na distribuição uniforme da água. Para tanto, recomendo contratar os serviços de um especialista em irrigação.

 

à Efeito guarda-chuva: também chamado de efeito calha, ou seja, durante o crescimento das mudas as próprias folhas direcionam a água ou solução nutritiva para as plantas do lado e estes vão alterando e desuniformizando o crescimento das plantas.

  • § Como superar: durante o verão, principalmente em mudas de alface, ocorre a desigualdade de crescimento das mudas dentro da mesma bandeja. Quando isso é muito intenso, recomendo a aplicação diária de solução nutritiva, a fim de compensar as falhas do método, com a insistência, frequência e volume das aplicações.

Pois bem, sabemos que este assunto é muito vasto, e para explicá-lo detalhadamente haja livros. No entanto, este não é o objetivo do momento. O que pretendo realmente mostrar aos viveiristas do Brasil é uma deficiência (dificuldade) do método de produção de mudas em bandejas.

Entendendo este quesito, tudo vai ficar muito mais fácil, e tenho certeza que cada viveirista terá seu jeitinho para superar tal dificuldade, afinal de contas, somos viveiristas do Brasil!

 

Diferencial no que faz

 

O método de formação de mudas em bandejas é, sem dúvida, até o momento, o que existe de mais técnico e prático para formar e comercializar mudas de hortaliças. Em especial, as bandejas descartáveis lançadas no mercado de viveiros pela Ponte Alta Hortaliças e Florestal possuem em seu projeto uma riqueza de detalhes que faz uma grande diferença no processo de formação de mudas:

ð As estrias contidas nas células foram projetadas para direcionar o sistema radicular na vertical, não provocando enovelamento das raízes. Estas mesmas estrias são distribuídas de maneira assimétrica a fim de evitar o atrito e proporcionar o desempilhamento das mesmas, seja no processo mecanizado ou manual.

ð O ângulo existente entre a parte superior (boca da célula) e o fundo proporciona o saque perfeito do torrão durante o plantio definitivo.

ð A abertura no fundo da célula está na medida correta, a fim de provocar um pequeno atrito para evitar a queda do substrato durante as regas e facilitar a poda área das raízes, sem provocar o enovelamento das mesmas.

ð São produzidas na cor preta, pois estudos provam que as raízes necessitam de pouca luz (escuro) para melhor desenvolvimento.

ð São descartáveis, para garantir sanidade total em mudas, possibilitando e viabilizando a comercialização pelos viveiristas profissionais. O plástico utilizado é 100% reciclável, ou seja, ecologicamente correto.

ARTIGOS RELACIONADOS

Intercalação de uva com abobrinha e uso de tela vermelha

O cultivo de abobrinha no solo e a uva por cima otimiza a mesma área com o plantio dessas duas culturas. E o uso...

RPPN – O caminho para a sustentabilidade

Atualmente, as RPPN representam cerca de 750 mil hectares de área protegida, na medida em que essas áreas são ampliadas, contribuem para a...

Trigo – Avanço do cultivo no calor do Cerrado

No Brasil, o cultivo do trigo sempre foi uma atividade dos Estados de climas mais frios do País, mas aos poucos esse cenário vem sendo modificado, com o avanço dos trigais pelo Cerrado brasileiro. Hoje já tem trigo sendo produzido até no Nordeste.

Tomate resistente ao Vira-Cabeça é destaque nas lavouras do RJ e RS

Virose está entre as pragas e doenças de solo que mais preocupam o produtor Os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!