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quinta-feira, março 28, 2024
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Nova armadilha de feromônios para monitoramento de percevejo marrom

A ferramenta foi desenvolvida pela Fundação MT 

Percevejo marrom - Crédito Karlla Godoy
Percevejo marrom – Crédito Karlla Godoy

 A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT está participando de uma pesquisa que tem como objetivo desenvolver uma nova armadilha com feromônio para o controle de uma praga já muito conhecida pelo produtor brasileiro, o percevejo marrom (Euschistus heros). A armadilha está em fase de teste há cerca de três anos e de acordo com a entomologista e pesquisadora da instituição, Lucia Vivan, esta é uma parceria com Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Cernagen, que está desenvolvendo o feromônio.  “Este estudo é importante porque retrata fielmente a realidade dos talhões e dos produtores. Mais uma ferramenta que ele tem em mãos. A armadilha é de material simples, feita com garrafa pet e a Fundação MT está colaborando com os estudos a fim de ter informações sobre a época de instalação, população para controle. Assim, o produtor terá mais uma ferramenta de monitoramento“.

A detecção do percevejo marrom habitualmente é feita por meio de amostragens com o pano de batida – em que se realiza a batida de pano em 1 m linear de fileira de soja – mas, segundo Vivan, com o monitoramento por meio dessa nova armadilha é possível obter menores danos da praga e produções superiores de grãos. “Após instalarmos as armadilhas, monitoramos a população dos percevejos nelas. Quando detectamos uma média de 1,7 percevejos, o que valeria a dois por metro, começamos o trabalho de controle da praga. No entanto, o número exato de percevejos para isso ainda está em estudo. Essa detecção foi feita cerca de um mês antes em relação à detecção com o pano de batida. Isso é muito importante porque assim conseguimos diminuir as perdas naquela área se comparado aos locais  onde as aplicações foram realizadas de acordo com a população encontrada com o  monitoramento feito pelo pano“.

No entanto, a pesquisadora ressalta que após a colonização da área pelo inseto, é preciso realizar o monitoramento com o pano de batida para detecção das ninfas. “Somente os adultos são atraídos pelo feromônio. Por isso, ainda assim deve-se usar o pano“.

As infestações com o percevejo marrom, em si tratando de Cerrado, têm principalmente como causa, apontada pela pesquisadora da Fundação MT, a soja tardia, que acaba se tornando fonte de alimento para o inseto. “A soja tardia estará no período vegetativo ou no florescimento quando as demais variedades estarão sendo colhidas ou em processo de amadurecimento. Nesse caso os adultos irão migrar para essas áreas com soja tardia. As que estiverem em colheita ou em processo de amarelecimento terão presença grande de ninfas, que causam problema da mesma forma que um adulto, mas não migram para as outras áreas e devem ser controladas. No entanto, os adultos irão migrar e iniciar um novo ciclo, ovopositando, e formando uma nova geração“.

 

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