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Novas técnicas no cultivo do pepino

André Rocha Duarte

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitopatologia ” Universidade de Brasília (UnB)

agronomia@finom.edu.br

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

O pepino é cultivado em todo o País e pode ser aproveitado em diversos setores, desde a culinária à cosmética.No Brasil, a região sudeste participa com mais de 50% da produção nacional.

Quanto às regiões consumidoras, o mesmo é amplamente consumido onde quer que esteja disponível, uma vez que o apelo saudável das tendências cotidianas e midiáticas o demonstram como um alimento viável na cozinha “fitness“. Isso mesmo, o pepino possui propriedades refrescantes e promove um saciar da fome na maioria das pessoas, além de favorecer a digestão nas principais refeições do dia a dia, e fornecer mais que o suficiente em relação ao cálcio e vitamina do complexo “A“.

Variando de acordo com o clima, a produção de pepinos no Brasil segue, digamos assim, o calendário climático, logo, a preferência por dias longos e temperaturas em torno de 20 a 30ºC fazem com que a preferência produtiva ocorra no verão e os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais sejam responsáveis por até 78% da produção nacional.

Inovações

O pepino híbrido chega a 80 toneladas por hectare - Crédito Valter Arthur
O pepino híbrido chega a 80 toneladas por hectare – Crédito Valter Arthur

Quanto à inovação do cultivo do pepino nas regiões produtoras, existe a adaptabilidade de acordo com o caso ou a capacidade de investimento do produtor rural. Assim, uma das técnicas mais aplicadas ao setor é a enxertia do pepino sobre a abóbora, em que esta planta será o porta-enxerto do pepino ainda na fase de mudas para ambas as culturas.

A tecnologia inova e já comprova sua utilização nos casos de infestação do solo por patógenos decorrentes do cultivo excessivo de pepinos. Assim, a análise criteriosa do histórico do local permite o uso desta técnica com o intuito de escapar do ataque destes fitopatógenos, dentre eles os fitonematoides que, em várias regiões produtoras, causam prejuízos enormes ao produtor de pepinos.

Além do fato de apresentar um sistema radicular mais robusto frente aos patógenos, a técnica já comprova a produção de frutos com mais brilho frente aos pepineiros não enxertados, logo, a atração por este produto de brilho mais intenso já atrai o mercado exigente nesta qualidade. E, embora ainda não comprovado cientificamente, a enxertia tende a aumentar a “vida de prateleira“ do pepino, ou seja, o período entre a colheita e sua perda natural nas gôndolas dos supermercados.

Sob cultivo protegido

Atentando-se ainda para os problemas supracitados, vemos casos de produtores que, após a perda de grande parte dos lucros nos plantios a céu aberto, levou a cultura para as casas de vegetação, que proporcionam um acondicionamento adequado para as plantas no seu desenvolvimento e produção.

Neste cenário, vários produtores investem na otimização da produção em casas de vegetação e no plantio em vasos no interior destas estruturas, pois o constante ataque de patógenos presentes no solo inviabilizam a colheita. Deste modo, o uso de substrato livre de patógenos e dentro de ambientes controlados permite o alcance da produção que possa bancar os gastos com a construção e manutenção deste sistema.

Embora não muito relevantes, salvo as descobertas de cultivares resistentes a pragas e doenças, bem como a adaptabilidade aos diferentes campos de produção desta hortaliça, o avanço persiste na habilidade de cada produtor em observar a aplicar sua experiência no alcance das metas de produtividade e redução de custos, pois, na não observância de novas técnicas de cultivo, o jeito é a adaptação de cada caso ao manejo ideal, elevando assim os índices técnicos da cultura.

Exportação

Embora amplamente difundido pelo mundo, a produção costuma ser local, logo, salvo a irrelevante exportação para os países em geral fronteiriços e que participam do Mercosul, este comércio internacional do pepino é diminuto.

Assim sendo, a importância econômica do pepino tende a crescer na presença de incentivo ao plantio e produção, bem como a capacidade de geração de emprego e renda à família rural com a produção de conserva, com alto valor agregado, e disponibilidade de informação da pesquisa, embora pouco elaborada no setor, mas que possa viabilizar a sua possível exportação em valores economicamente viáveis.

Essa matéria completa você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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