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Nutrindo as plantas e preservando o ambiente

Adubos viabilizam a oferta de alimentos de qualidade, evitando que novas áreas sejam ocupadas para plantio, o que é essencial à preservação de florestas e da biodiversidade

 

Crédito Shutterstock
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O sucesso da agricultura brasileira está estampado em números que impressionam e superam as expectativas. De acordo com dados da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz“, o País conta com 61 milhões de hectares de terras agrícolas cultivadas. Outros dados, obtidos no levantamento da safra agrícola brasileira, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sustentam que o Brasil deverá colher entre 210,5 e 214,8 milhões de toneladas de grãos na safra 2016/17.

Por outro lado, a demanda mundial por alimentos é expressiva e tende a aumentar muito em curto espaço de tempo. Exige, assim, ações de controle ambiental, cuidando da terra cultivada, a fim de não danificá-la e mantê-la produtiva

Vale destacar que, para fazer frente ao crescimento da produção brasileira, a previsão é de que a área cultivada aumente até 2,3% neste ano. Isso ocorre porque, com exceção do algodão, todas as culturas de primeira safra tiveram incremento de área plantada.

Desafio

Os fertilizantes são fundamentais para vencer o desafio de elevar a produção agrícola com qualidade e de forma sustentável, conforme explica Heitor Cantarella, diretor do Centro de Solos do Instituto Agronômico de Campinas e coordenador da iniciativa Nutrientes para a Vida: “Há duas opções para produzir mais alimentos: aumentar a área plantada ou a produtividade. O primeiro caso significa desalojar outras coberturas vegetais do planeta, como as florestas, o que deve ser evitado. Já o aumento da produtividade, decorrente do emprego de práticas agrícolas mais eficientes, incluindo o manejo adequado de fertilizantes, tem o papel de permitir a oferta de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir a necessidade de usar novas áreas para a agricultura, preservando a biodiversidade e os outros usos do solo“.

Cantarella esclarece que, se o Brasil mantivesse os índices de produtividade de quatro décadas atrás, com pouco ou nenhum emprego de adubos e tecnologia, seria necessária a incorporação de área muito maior do que a empregada na lavoura atualmente para a obtenção da mesma quantidade de alimentos produzida hoje.

Segundo Alfredo Scheid Lopes, professor da Universidade Federal de Lavras, a área economizada, de pouco mais de 100 milhões de hectares, é ligeiramente menor do que o Estado do Pará, ou equivalente às áreas da Itália, Reino Unido, Alemanha e Portugal somadas. “Ou seja, teríamos que desmatar e invadir áreas virgens. Em muitos casos, estaríamos praticando uma agricultura extrativista, explorando os solos sem repor os nutrientes exportados pelas plantas colhidas. Desse modo, o uso de fertilizantes, aliado ao avanço tecnológico, ajuda na preservação ambiental“, concluiCantarella.

Quantidade correta é essencial

Parte relevante na agricultura mundial, os fertilizantes são alvo constante de preconceito, fazendo com que muitos se oponham ou mostrem restrições ao seu uso, por pura desinformação. “É como se esses produtos tivessem papel negativo sobre a saúde da população, além do ambiente. Mas isso não é verdade“, argumenta o especialista. “O manejo sustentável dos adubos só traz benefícios à saúde humana, pois amplia a oferta de alimentos de qualidade e ricos em nutrientes“.

A iniciativa ‘Nutrientes Para a Vida’, da qual Heitor Cantarella orgulha-se de participar, visa justamente lançar luz sobre essa questão, a fim de conscientizar a sociedade sobre as vantagens da utilização dos fertilizantes.

“Precisamos informar a população a respeito do uso adequado dos fertilizantes, além de divulgar as técnicas agronômicas corretas para otimizar os seus benefícios“.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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