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O fosfito de potássio pode controlar o míldio da videira?

Autor

Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)
givago_agro@hotmail.com

Crédito Shutterstock

O míldio (Plasmopara vitícola) é a doença de ocorrência na videira mais importante no Brasil e nas principais regiões vitícolas do mundo. Esse patógeno pode infectar todos os órgãos vegetativos da videira e torna-se crítico quando a infecção ocorre no início do florescimento e na frutificação, podendo causar severa redução da produtividade. Mas, uma técnica eficiente contra o míldio é o fosfito de potássio.

Opções

Atualmente, podem ser encontrados no mercado de defensivos produtos que atuam no estímulo da produção de substâncias que auxiliam na autodefesa das plantas, dentre os quais se encontra o fosfito de potássio, que nada mais é que um sal do ácido fosforoso ligado ao potássio.

Este composto é capaz de atuar na indução do estímulo para a produção de substâncias naturais de autodefesa pelo vegetal, contribuindo para a proteção do mesmo contra o ataque de fungos.

Manejo

Sônego et al. (2003) observou, em ensaios conduzidos no campo, que o fosfito de potássio reduziu a incidência, bem como a severidade do míldio da videira, constituindo outra alternativa ao controle. Indica-se como medida mais eficiente ao controle que as aplicações fosfito de potássio nos parreirais sejam efetuadas de maneira preventiva.

Alerta

O fungo causador do míldio pode infectar qualquer parte fotossintetizante da planta. Contudo, há consenso de que os estádios da pré-floração até o início da maturação da uva são considerados mais críticos. Nesse caso, se houver ocorrência nesses estádios, sem medidas eficientes de controle e em conjunto com alta umidade, toda a produção pode ser perdida.

Regiões vitícolas com ocorrência de elevada precipitação ao longo do ano e durante o desenvolvimento vegetativo da planta e em condições climáticas favoráveis com a presença de alta umidade e temperaturas acima de 11ºC podem favorecer a severidade da doença.

De olho nos custos

Atualmente, o controle do míldio é realizado tendo por base a aplicação de fungicidas que acabam onerando os custos de produção, além de intensificar a contaminação do ambiente e levar potenciais danos à saúde do homem, quando utilizados incorretamente.

Contudo, alguns autores, como Rosa et al. (2008), ressaltam que o controle do míldio efetuado exclusivamente por meio de fungicidas não tem proporcionado resultados satisfatórios. Assim, os fosfitos componentes podem auxiliar no controle.

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