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Oportunidades e desafios no mercado de café são discutidos na Fenicafé

Lúcio Dias trouxe uma visão crucial para os produtores que buscam se adaptar às mudanças do mercado e fortalecer a competitividade da cafeicultura brasileira.

Divulgação

As oportunidades e desafios que os produtores enfrentam tanto no cenário nacional quanto internacional foram o tema da palestra ministrada pelo produtor e consultor em agronegócio café, Lúcio Dias, que trouxe dicas valiosas sobre o mercado de café durante sua apresentação na 28ª Fenicafé. Com vasta experiência no setor, Lúcio apresentou estratégias que podem ser adotadas para aumentar a competitividade e a sustentabilidade no mercado do café.

Lúcio Dias trouxe uma visão crucial para os produtores que buscam se adaptar às mudanças do mercado e fortalecer a competitividade da cafeicultura brasileira. Com ênfase em qualidade, sustentabilidade e gestão estratégica, o especialista destacou que, apesar das dificuldades econômicas, ainda existem diversas oportunidades para o setor.

Oportunidades

Apesar da volatilidade do mercado, Lúcio destacou que há diversas oportunidades para os produtores que souberem se posicionar estrategicamente. Para ele, o momento é propício para os produtores investirem em tecnologias e práticas que tragam mais eficiência e produtividade. “Investir em soluções que reduzam custos e aumentem a produtividade é fundamental para o futuro da cafeicultura. O mercado está com boas margens e, como se diz, ‘lucro no bolso não faz mal a ninguém’. Portanto, é o momento de realizar os resultados”, afirmou Lúcio.

O consultor também sugeriu que os produtores busquem alternativas financeiras, como hedge e trocas de parte da produção atual e futura. “Fazer hedge, proteger parte da produção e aproveitar as boas margens de lucro pode ser uma boa estratégia. O mercado está aberto a essas oportunidades, e é hora de realizar os ganhos”, completou.

Posicionamento competitivo

Com consumidores cada vez mais exigentes e informados, Lúcio ressaltou a importância de os produtores se posicionarem de forma competitiva, cuidando da qualidade do café e agregando valor ao produto. “Os consumidores estão mais conscientes e exigentes sobre o café que consomem. A qualidade deve ser nossa prioridade, e devemos agregar atributos que atendam a essas expectativas. Conquistamos grandes mercados, mas nossos concorrentes estão ávidos para ocupar o nosso espaço. Manter e cativar nossos clientes deve ser o foco”, explicou Lúcio.

Sustentabilidade e certificação

O conceito de sustentabilidade também foi destacado como uma tendência crescente, com foco na necessidade de pensar da “porteira para dentro” nas fazendas, ou seja, dentro das propriedades, onde os produtores devem estar atentos ao controle de qualidade, à produtividade, ao cuidado com o meio ambiente e ao cumprimento das legislações trabalhistas. “O desafio é agregar valor não só no produto, mas também nas práticas que envolvem a produção, como o respeito à legislação trabalhista e o cuidado com o ser humano e a comunidade. Isso será, sem dúvida, refletido em mais valor monetário para o café e na preferência dos consumidores”, afirmou.

Lúcio Dias explica que a cafeicultura é uma cultura de ciclo longo e alto investimento, com um mercado extremamente volátil. “Ser produtor rural no Brasil é uma verdadeira religião, é preciso ter fé, amor, resiliência e persistência. Para o café, isso é ainda mais intenso. O mercado é altamente inconstante, e o componente financeiro é enorme. Portanto, a gestão e o planejamento são essenciais para a sustentabilidade da produção”, explicou.

Cafés especiais

Lúcio também chamou atenção para o crescimento do mercado de cafés especiais, detalhando o que é necessário para ingressar nesse setor. Para ele, a produção de cafés especiais exige uma propriedade com características específicas, além de investimentos e desenvolvimento contínuo. “Para produzir cafés especiais, o próprio nome já diz, tem que ser algo especial. O produtor precisa ter uma propriedade adequada e uma equipe qualificada para atender as exigências do mercado. A liquidez desse mercado é diferente da de café commodity, e, muitas vezes, os prêmios não acompanham a alta dos preços. Por isso, é importante atender ao cliente no momento certo”, explicou.

Atenção ao cenário econômico

Para finalizar, Lúcio Dias fez um alerta importante sobre o cenário econômico brasileiro. O Brasil tem uma história de taxas de juros altas, e o governo é o maior tomador da poupança nacional. Por isso, ele recomendou que os produtores sejam cautelosos em relação ao endividamento, já que o fortalecimento econômico dos produtores tem sido um fator determinante nas mudanças recentes no mercado. “O que mudou no mercado ultimamente foi o fortalecimento econômico dos produtores. Ainda assim, é preciso ter cuidado e planejamento financeiro”, concluiu Lúcio.

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