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Panorama nacional da produção de pêssego

Leo Rufato

leo.rufato@udesc.br

Aike Anneliese Kretzschmar

Professores da Universidade do Estado de Santa Catarina ” Lages

Pricila Santos da Silva

Doutoranda em Produção Vegetal – Universidade do Estado de Santa Catarina ” Lages

 

Crédito Pixabay
Crédito Pixabay

O pêssego é amplamente cultivado em todo o mundo. Atualmente, os países como China, Itália, Estados Unidos, Grécia, Espanha, Turquia e Irã destacam-se na produção da fruta (Tabela 1) (Faostat, 2014). O Brasil apresentou uma produção 191.855 toneladas, com rendimento médio de 11.101 toneladas em uma área de 17.283 hectares no ano de 2016 (Tabela 2) (IBGE, 2017),

Os principais Estados produtores no Brasil são o Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná (Tabela 3). Os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm as melhores condições climáticas para a produção comercial do pêssego, no entanto, é possível produzi-lo em outros Estados utilizando cultivares com menor exigência em frio.

O Rio Grande do Sul (RS) é o maior Estado produtor, sendo colhidos aproximadamente 127 mil toneladas de pêssego em uma área de 13.084 hectares, representando 71% da produção total brasileira (IBGE, 2014).

Crédito Pixabay
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Mercado

A produção brasileira de pêssego é voltada à indústria e ao consumo in natura, abastecendo quase que em sua totalidade o mercado interno. Apenas 1,0% da produção interna é destinada à exportação, não sendo expressiva em termos econômicos.

Além da produção interna, para abastecer o mercado de pêssegos in natura o Brasil importou cerca de 59 mil toneladas de pêssegos frescos nos últimos cinco anos (Tabela 4).

Produtividade

Para aumentar a produtividade do pessegueiro, há necessidade de tecnologias de produção aplicadas, como poda, condução das plantas, adensamento de pomares, irrigação, adubação, controle fitossanitário e uso de mudas fiscalizadas, além da otimização de combinações de cultivares copa e porta-enxerto.

A produção brasileira de pêssego é voltada à indústria e ao consumo in natura - Crédito Shutterstock
A produção brasileira de pêssego é voltada à indústria e ao consumo in natura – Crédito Shutterstock

Condução

Os sistemas de condução mais utilizados no pessegueiro no Brasil são o de taça e vaso aberto, que proporcionam um retorno financeiro mais tarde em relação a sistemas como o vaso atrasado e o ypsilon.

O vaso atrasado proporciona economia no sistema de condução das plantas, pois não necessita tutorar os ramos com fitilho, ficando as plantas mais bem formadas. O sistema ypsilon, por sua vez, necessita da condução dos ramos, mas proporciona maior adensamento de plantas e produção de frutos de melhor qualidade, por ter melhor exposição solar dos frutos.

Outro fator importante para a cultura do pessegueiro é o uso de porta-enxertos.Tradicionalmente, as plantas são produzidas com os porta enxertos ‘Aldrighi’ (PrunuspersicaBatsch L.), ‘Capdeboscq’ (PrunuspersicaBatsch L.), tendo ainda os porta-enxertos ‘Flordaguard’ [Prunuspersica L. Batsch xPrunusdavidiana (Carr.)], ‘Nemaguard’ [Prunuspersica L. Batsch X Prunusdavidiana (Carr.)], ‘Okinawa’ (PrunuspersicaBatsch L.) e Umezeiro (PrunusmumeSieb&Zucc) utilizados na cultura.

O porta-enxertoOkinawa tem aplicação mais intensa no Estado de São Paulo, sendo adequado para áreas de replantio.

Crédito Pixabay
Crédito Pixabay

Cultivares

Em relação às cultivares, podemos encontrar uma gama muito grande de oferta no Brasil, podendo ser plantadas nas mais diversas áreas agroclimáticas. Elas são divididas em polpa branca – mais indicadas para o consumo in natura; polpa amarela “utilizadastanto para o consumo como para a indústria e podendo ser classificadas quanto às exigências por frio como: cultivares de baixa, média e de alta exigência:

ÃœBaixa – necessitam de até 200 horas de frio por ano. Existem cultivares de pêssego que requerem 100 h, ou menos, de frio para ter a dormência completada.

ÃœMédia – necessitam de 200 a 400 horas de frio por ano.

ÃœAlta – necessitam de mais de 400 horas de frio por ano.

Novidades

As últimas cultivares disponibilizadas pela Embrapa foram duas novidades para a indústria de conservas e para consumo in natura. Uma de polpa amarela e outra branca. A BRS Citrino é doce-ácida, com maturação precoce, e a BRS Rubra Moore é doce e suculenta.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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