17.9 C
Uberlândia
terça-feira, abril 23, 2024
- Publicidade -
InícioNotíciasPequi sem espinho tem 35 vezes mais polpa que o convencional

Pequi sem espinho tem 35 vezes mais polpa que o convencional

Os goianos que nos perdoem, mas o pequi da UFU é especial: sem espinho e com muito mais polpa. As mudas plantadas pelo professor Warwick Estevam Kerr, na estação experimental da fazenda Água Limpa, em 2005, cresceram e, das dez árvores, quatro começaram a dar frutos.
A espécie foi descoberta no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Em 2004, o então prefeito de São José do Xingu, Helio do Carmo da Conceição, contou ao professor Kerr e ao técnico de laboratório, Francisco Raimundo da Silva, do Instituto de Genética e Bioquímica (Igeb/UFU), sobre a iguaria de lá.
Kerr e Francisco visitaram o Xingu, com auxílio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e conheceram o pequi sem espinho por intermédio do fruticultor Bdijai Tchucarramae, da aldeia indígena Tchucarramae. Dos 300 pequizeiros (Caryocaraceae) que havia na localidade, um produzia os frutos diferentes.
“Na primeira vez que fomos lá, nós trouxemos sementes, galhos e começamos a fazer a propagação aqui. Plantamos sementes e também descobrimos uma forma de fazer enxertia“, relembra Francisco, saudoso da convivência com o professor Kerr, que hoje está com 93 anos e aposentado.
A enxertia é feita na muda de um pequizeiro convencional, chamado de cavalo, quando o seu caule atinge o diâmetro de um lápis, aproximadamente. “O pequi sem espinho produz em menos tempo e tem uma quantidade enorme de polpa: 35 vezes mais que o pequi convencional. É mais macia, mais adocicada e dá para comer crua“, explica o técnico.
A expectativa é de que os estudos iniciados pelo professor Kerr, que já foram tema de tese de doutorado na UFU e publicados na Revista Brasileira de Fruticultura, sejam continuados por outros pesquisadores. Com o desenvolvimento dos experimentos e a produção de mais mudas, a espécie chegará à comunidade e o pequi sem espinho estará nos pratos da culinária do cerrado, para alegria dos goianos e dos mineiros.

ARTIGOS RELACIONADOS

Tratamento de semente com fitohormônios – Que vantagens há?

Fitohormônios vegetais são substâncias naturais ou sintéticas que, quando aplicadas em plantas, geram mudanças metabólicas nas suas células e alteram processos vitais e estruturais....

Análise econômica do sistema soja – milho safrinha

Raphael Maia Aveiro Cessa Professor e pesquisador da área de Agronomia " Confresa (MT)  raphael.cessa@cfs.ifmt.edu.br Elmo Pontes de Melo Professor e pesquisador do Centro Universitário da Grande Dourados elmo.melo@cientificams.com Miashyro...

Manejo da pinta preta do tomate

Giovani de Oliveira Arieira Professor de Fitopatoligia -  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) giovaniarieira@yahoo.com.br Elisamara Caldeira do Nascimento Talita de Santana Matos Doutoras em Agronomia " Universidade Federal...

DuPont Pioneer realiza Encontros de Difusores de Tecnologia

Os Encontros de Difusores de Tecnologia da DuPont Pioneer acontecem anualmente nas principais regiões do Brasil, e nesse ano estão ocorrendo em sete cidades....

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!