20.1 C
Uberlândia
sábado, março 15, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiPequi sem espinho tem 35 vezes mais polpa

Pequi sem espinho tem 35 vezes mais polpa

Pequi sem espinho- Crédito EmbrapaOs goianos que nos perdoem, mas o pequi da UFU é especial: sem espinho e com muito mais polpa. As mudas plantadas pelo professor Warwick Estevam Kerr, naestação experimental da fazenda Água Limpa, em 2005, cresceram e, das dezárvores, quatro começaram a dar frutos.

A espécie foi descoberta no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Em
2004, o então prefeito de São José do Xingu, Helio do Carmo da Conceição, contou ao professor Kerr e ao técnico de laboratório, FranciscoRaimundo da Silva, do Instituto de Genética e Bioquímica (Igeb/UFU), sobre a iguaria de lá.

Kerr e Francisco visitaram o Xingu, com auxílio financeiro do ConselhoNacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e conheceram opequi sem espinho por intermédio do fruticultor BdijaiTchucarramae, daaldeia indígena Tchucarramae. Dos 300 pequizeiros (Caryocaraceae) quehavia na localidade, um produzia os frutos diferentes.

“Na primeira vez que fomos lá, nós trouxemos sementes, galhos ecomeçamos a fazer a propagação aqui. Plantamos sementes e também descobrimos uma forma de fazer enxertia“, relembra Francisco, saudoso da convivência com o professor Kerr, que hoje está com 93 anos e aposentado.

A enxertia é feita na muda de um pequizeiro convencional, chamado de cavalo,quando o seu caule atinge o diâmetro de um lápis, aproximadamente.“O pequi sem espinho produz em menos tempo e tem uma quantidade enorme de polpa: 35 vezes mais que o pequi convencional. É mais macia, mais adocicadae dá para comer crua“, explica o técnico.

A expectativa é de que os estudos iniciados pelo professor Kerr, que já foram tema de tese de doutorado na UFU e publicados na Revista Brasileira de Fruticultura, sejam continuados por outros pesquisadores.

Com o desenvolvimento dos experimentos e a produção de mais mudas, a espécie chegará à comunidade e o pequi sem espinho estará nos pratos da culinária do cerrado,para alegria dos goianos e dos mineiros.

Essa matéria você encontra na edição de março da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Biogrow se fortifica em quatro grandes pilares de produtos

Portfólio amplo e diversificado é destaque no Congresso da Andav Esse foi o primeiro ano da Biogrow como expositor na Andav. A escolha por participar...

Fortalecimento vegetal no combate a pragas do tomateiro

  Diego Henriques Santos Engenheiro agrônomo da CODASP - Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo dihens@bol.com.br A cultura do tomate destaca-se por sua importância econômica e social,...

UPL mostra novidades na Hortitec

A UPL esteve presente na 25ª Hortitec e com grande foco em atender esta cadeia, a UPL já disponibiliza uma ampla gama de soluções...

Gesso para solos com excesso de sais

  Andréia Marcilane Aker Engenheira agrônoma e especialista em Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental da Faculdade São Paulo (FASP) andreiaaker@hotmail.com Os solos salinos-sódicos ocorrem, geralmente, nas regiões áridas...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!