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Pesquisa comprova eficácia do FertBokashi Premium no combate aos nematoides

 

O bokashi é uma excelente opção no controle de nematoides em diversas culturas, inclusive Grãos, como a soja. O experimento foi feito em tomate, pois é a cultura mais susceptível ao ataque de nematoides e os resultados comprovaram sua eficácia

Área de soja com FertBokashi® Premium sem ataque de nematoides. Fotos: Korin
Área de soja com FertBokashi® Premium sem ataque de nematoides.
Fotos: Korin

O tomateiro (Solanumlycopersicum) é, sem dúvida, uma das maiores vítimas dos patógenos que causam doenças às plantas. Um desses patógenos são os nematoides do gênero Meloidogyne, vermes microscópicos que vivem no solo e atacam as raízes das plantas, sendo conhecidos por causarem sérios danos às culturas agrícolas ao formarem galhas no sistema radicular da planta, deixá-las murchas durante os períodos mais quentes do dia e ocasionar desfolha prematura, sintomas de deficiência mineral, clorose, redução e deformação do sistema radicular.

Segundo pesquisas, os nematoides também são os patógenos que causam mais impactos econômicos nas lavouras, gerando perda de até 85% aos produtores. Isso acontece pois, quando atacadas severamente, as plantas apresentam redução do tamanho e da eficiência de seu sistema radicular, prejudicando o avanço da cultura.

O controle de nematoides, de maneira geral, é feito por meio de nematicidas, pesticidas químicos que, além de apresentar riscos à saúde humana, animal e ao meio ambiente, também são pouco eficientes no controle de meloidoginose, de acordo com experimentos científicos.

Contudo, o controle biológico tem se apresentado como uma alternativa mais viável para o manejo destes fitopatógenos, tanto por minimizar o dano ambiental quanto por ser economicamente mais vantajoso em comparação aos métodos químicos convencionais.

Área de soja testemunha atacadas por nematoides Fotos: Korin
Área de soja testemunha atacadas por nematoides
Fotos: Korin

Alternativa aos nematicidas

Para avaliar o potencial de controle de nematoides fitoparasitos por meio da aplicação do biofertilizante no solo, fornecendo assim uma alternativa de controle destes patógenos sem a utilização de pesticidas químicos,  não só em plantações de tomates, mas em diversas culturas, inclusive nas de grãos, como a soja, o Centro de Pesquisa MokitiOkada (CPMO), por meio dos pesquisadores Camila Kiritani e ValdioneiGiassi, realizou um experimento visando o controle desse fitopatógeno, sendo o mesmo conduzido em casa de vegetação do Centro de Pesquisa MokitiOkada, em Ipeúna (SP), a capital da Agricultura Natural.

Para o experimento, os pesquisadores utilizaram vasos com capacidade para dois litros e, como substrato, optaram por uma mistura de solo arenoso (50%) e areia grossa (50%), ambos submetidos ao processo de autoclavagem a 121°C por duas horas.

Foram utilizadas sementes de tomates da variedade “Santa Clara“, semeadas em bandejas plásticas de 128 células, contendo substrato autoclavado. Após 20 dias, as mudas foram transplantadas em vasos, que se tornaram unidades experimentais e serviram como base para a pesquisa.

Para este estudo, foi utilizado o FertBokashi® Premium, biofertilizante à base de água, extrato de levedura, composto orgânico e melaço de cana-de-açúcar.

Aplicação de nematoides em vaso de tomates durante a pesquisa realizada pelo CPMO Crédito CPMO
Aplicação de nematoides em vaso de tomates durante a pesquisa realizada pelo CPMO
Crédito CPMO

Detalhes

O delineamento experimental consistiu em três tratamentos com sete repetições. Desta forma, o experimento contou com os seguintes tratamentos: T1 – testemunha, irrigado somente com água; T2 – aplicação do FertBokashi® Premium, de forma preventiva (antes da inoculação dos nematoides) e T3 – aplicação do FertBokashi® Premium, de forma curativa (após a inoculação dos nematoides). A aplicação do produto foi realizada semanalmente via irrigação, com 0,05 ml por vaso.

Foram inoculados 3.300 ovos de Meloidogyne spp. por planta. Antes da inoculação, foram feitos três orifícios de três cm de profundidade em cada vaso, ao redor do colo da planta, para que a suspensão infestasse diretamente a raiz. Com o auxílio de um micropipetador, foram inoculados 01 ml da suspensão em cada orifício.

Após 60 dias, foram coletadas e extraídas as raízes das plantas e avaliados os seguintes parâmetros: contagem de ovos e juvenis na massa total e em 10 gramas de raiz, massa seca da parte aérea e massa fresca da raiz. Para extração dos ovos e juvenis utilizou-se o método de Jenkins (Jenkins, 1964). As médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade com o auxílio do programa SISVAR (Ferreira, 2000).

Os 21 vasos com mudas de tomates Santa Clara foram divididos aleatoriamente pelos pesquisadores em tratamentos testemunhas (sem FertBokashi® Premium), com aplicação preventiva de FertBokashi® Premium (antes da inoculação de nematoides) e com aplicação curativa do biofertilizante (após a inoculação de nematoides) - Crédito: CPMO
Os 21 vasos com mudas de tomates Santa Clara foram divididos aleatoriamente pelos pesquisadores em tratamentos testemunhas (sem FertBokashi® Premium), com aplicação preventiva de FertBokashi® Premium (antes da inoculação de nematoides) e com aplicação curativa do biofertilizante (após a inoculação de nematoides) – Crédito: CPMO

Resultados

Os tratamentos submetidos à aplicação do FertBokashi foram eficientes na redução da população dos nematoides em relação ao tratamento controle. O número de ovos e juvenis na massa fresca total das raízes foi significativamente menor quando a aplicação do biofertilizante ocorreu de forma preventiva, reduzindo 56% da população em relação ao controle. O tratamento curativo reduziu em 37% o número de ovos e juvenis em relação à testemunha, onde não houve a aplicação do produto.

Tais resultados corroboram com estudos que afirmam que a redução do número de massa de ovos de nematoides em raízes de tomate é ocasionada pelo tratamento das mudas com cepas de microrganismos. Segundo Maciel and Ferraz (1996), o controle biológico de nematoides pode ocorrer pela produção de exsudatos radiculares com propriedades nematicidas ou nematostáticas, reduzindo assim a capacidade reprodutiva.

De acordo com alguns estudos, a transformação dos exsudatos radiculares pelos microrganismos pode fazer com que o nematoide não reconheça o estímulo quimiotrópico e continue movimentando-se no solo até morrer. Da mesma forma, as rizobactérias ou seus metabólitos desencadeiam reações de hipersensibilidade nas células vegetais, impedindo que as fêmeas dos nematoides consigam energia suficiente para produzir ovos.

Essa matéria completa você encontra na edição de Agosto 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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