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Produção de rúcula sob telados em regiões quentes

Carlos Antônio dos Santos

Engenheiro agrônomo, doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

carlosantoniods@ufrrj.br

Margarida Goréte Ferreira do Carmo

Engenheira agrônoma, doutora em Fitopatologia e professora de Olericultura – UFRRJ

gorete@ufrrj.br

NairimFidêncio de Andrade

Engenheira agrônoma – UFRRJ

nairimfidencio@gmail.com

Evandro Silva Pereira Costa

Engenheiro agrônomo e doutor em Fitotecnia – UFRRJ

evsilvacosta@gmail.com

Crédito Shutterstock

A comercialização de rúcula (Eruca sativa Miller) vem ganhando espaço no mercado de folhosas. A demanda por alimentos saudáveis, mais leves e de boa qualidade está numa fase crescente.

Como a rúcula diferencia-se por ser uma folhosa de sabor diferenciado e marcante, levemente picante e com bom teor de cálcio, ferro e vitaminas A e C, vem sendo prescrita em dietas e usada de diferentes formas e pratos por muitos grupos de consumidores. O consumo de rúcula hoje em dia vai além das saladas ” é usada no preparo de pizzas, sanduíches, sucos, dentre outros.

As plantas de rúcula apresentam rápido crescimento vegetativo, com um ciclo relativamente curto – 30 a 40 dias. Este curto período de tempo desde o plantio à colheita a torna uma cultura muito versátil e de retorno rápido para os produtores.

Outro aspecto interessante da cultura é a sua fácil adaptação a diferentes sistemas de produção, desde a forma tradicional no solo em canteiros a céu aberto ao cultivo em casa de vegetação em sistemas hidropônicos ou em substratos.

Estimativas recentes apontam para um crescimento de mais de 10% ao ano na produção de rúcula no Brasil. Este crescimento deve-se, em grande parte, à expansão do cultivo em sistemas protegidos, associado ao cultivo hidropônico.

 

Condições ideais

Rúcula em hidroponia sob telados – Crédito Eduardo Miyayaciki

A cultura produz melhor em temperaturas amenas, entre 15 a 18ºC. As temperaturas baixas a amenas favorecem o seu desenvolvimento e a produção de folhas grandes e tenras de ótima qualidade.

Sob condições de temperaturas mais elevadas, a produtividade e a qualidade da rúcula tende a cair – as folhas ficam menores, mais rígidas e com sabor mais picante.  Para superar estas dificuldades, maiores investimentos têm sido feitos em cultivos sob ambiente protegido visando obter boa produção, especialmente no período de verão, quando normalmente há uma elevação de seu consumo.

Em ambiente protegido pode-se obter melhores condições de temperatura e uma maior proteção das plantas contra adversidades, como chuvas fortes, ventos e ataque de pragas. Este conjunto de benefícios pode viabilizar a produção de rúcula em épocas ou regiões mais quentes, garantindo uma produção contínua e de menor risco.

 

Benefícios

A comercialização de rúcula vem ganhando espaço no mercado de folhosas – Crédito Jorge Barcelos

O cultivo protegido sob telados tem sido uma técnica adotada na produção de diversas hortaliças, por apresentar uma série de vantagens. Dentre estas vantagens, conforme mencionado anteriormente, destacam-se a possibilidade de produção fora de época, a proteção contra chuvas e ventos, a redução do estresse climático por excesso de radiação e pelas temperaturas elevadas, e redução de danos como queimaduras e outras avarias foliares.

Outra vantagem potencial é a redução do ciclo da cultura, aumento do número de folhas comercializáveis e da produção de biomassa.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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