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Projeções do agronegócio: O que esperar da cafeicultura?

Fontes:

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Conselho dos Exportadores de Café do Brasil

Associação Brasileira da Indústria de Café

Foto: shutterstock

As projeções mostram que a produção em 2028/29 deve situar-se em 64,0 milhões de sacas. Essa produção deve ficar cerca de 25,3% maior do que a observada em 2019. As exportações estão projetadas para 41,0 milhões de sacas. um aumento de 6,0 milhões de sacas em relação a 2019. Correspondência recebida de colaboradores indicam a coerência dos resultados de exportação de um volume de café beneficiado por volta de 40 milhões de sacas.

Tabela 1 – Produção, consumo e exportação de café (milhões sacas)

Fonte: Elaboração da CGPI/DFI/SPA/MAPA e SIRE/Embrapa com dados da CONAB e Agrostat.

* Modelos utilizados: Para produção, para consumo e para exportação modelo Arma.

O Brasil, há vários anos, tem-se notabilizado como o maior produtor, exportador e segundo maior consumidor de café em nível mundial. Em média, a produção brasileira tem correspondido a um terço da safra global e, no âmbito interno, as exportações equivalem a 60% da produção nacional e o consumo por volta de 40%. O País possui aproximadamente 300 mil estabelecimentos produtores de café, dos quais 82% são considerados da cafeicultura familiar.

Consumo

Em relação ao consumo, a Associação Brasileira da Indústria de Café – Abic patrocinou uma pesquisa sobre as Tendências do Mercado de Café, as quais indicam dados altamente positivos para o mercado de café em cápsulas. Esse segmento correspondeu a 0,9% do volume total consumido no Brasil em 2017, quando a pesquisa foi realizada.

Até 2021, as cápsulas deverão chegar a 1,1% do consumo, com um crescimento médio anual de 9% de 2017 a 2021. A pesquisa atribui esse crescimento à maior disponibilidade de cápsulas e também a preços acessíveis do produto, fatores conjugados que serão grandes impulsionadores desse consumo.

Com relação ao consumo mundial de café e projeção para 2030, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé (dezembro/2019), a demanda mundial de café no período de 2018 a 2030 deverá ter um crescimento médio anual próximo de 2%, o que elevará as atuais 167 milhões de sacas para aproximadamente 210 milhões (ponto médio da projeção).

Como o Brasil responde por um terço da produção mundial, para manter o market share desse mercado terá que elevar sua produção para, pelo menos, 70 milhões de sacas por ano. Para tanto, terá que promover renovação do parque cafeeiro e investir mais intensamente em pesquisas e no desenvolvimento e transferência de novas tecnologias.

Figura 01 – Consumo mundial de café e projeção para 2030

Bienalidade

Podemos observar que nos anos recentes há uma tendência de redução da bienalidade entre safras. Bienalidade é a denominação dada ao comportamento do café em que um ano é de alta produção e no seguinte de baixa.

Há preocupação e evidências de que as mudanças climáticas possam afetar a produção de café e de outras culturas e criações. O Bureau de Inteligência Competitiva do Café (2016) observa que a elevação de temperatura poderá reduzir a área apta ao cultivo de café pela metade nas próximas três décadas.

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