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Publicação analisa exportações da piscicultura brasileira

Um terço: esse é o índice de crescimento das exportações brasileiras na área da piscicultura no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos de valores financeiros, a movimentação passou de U$ 4,1 milhões para U$ 5,5 milhões. Esses e outros dados estão disponíveis na segunda edição do informativo sobre comércio exterior da piscicultura (acesse clicando aqui), uma realização da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). Os números são do Comex Stat, portal de dados ligado ao Ministério da Economia.

Mesmo com o incremento, quando o recorte de tempo é trimestral, no segundo deste ano houve queda de 29% em relação ao primeiro; os valores, por trimestre de 2020, foram respectivamente de U$ 2,3 milhões e U$ 3,2 milhões. Das seis categorias de produto exportadas, em três (peixes inteiros congelados; óleos e gorduras; e filés congelados) houve crescimento e nas outras três (outros filés de peixe; subprodutos de peixe impróprios para alimentação humana; e peixes inteiros frescos ou refrigerados) aconteceu o contrário, com queda destaque de quase U$ 1 milhão da primeira categoria.

Quando se comparam os seis primeiros meses de 2019 e de 2020, percebe-se que apenas em junho as exportações deste ano foram menores que as do ano passado. Nos demais cinco meses, em 2020 houve mais peixe exportado do que no mesmo mês de 2019. Esse constante crescimento sustenta o acréscimo de um terço entre os dois semestres, com 2020 prevalecendo. A tilápia permanece como a espécie mais exportada, tendo sido responsável por 86% desse movimento no primeiro semestre deste ano. Com relação aos países que importaram peixes produzidos no Brasil, no segundo trimestre Estados Unidos, Chile e China, nessa ordem, foram os três primeiros. Eles foram responsáveis por importarem dois terços do peixe que o Brasil colocou no mercado externo.

No segundo trimestre de 2020, cinco dos seis produtos de tilápia exportados obtiveram preço médio menor do que no primeiro trimestre. A exceção ficou por conta da categoria tilápias inteiras frescas ou refrigeradas. A categoria com melhor preço médio continua sendo a de outros filés de tilápia, que obteve U$ 6,76/kg de abril a junho deste ano. Mesmo com queda de mais da metade dos valores exportados entre um trimestre e outro, Mato Grosso do Sul manteve a dianteira dos estados maiores exportadores de tilápia e derivados. Na sequência, vêm Santa Catarina e Paraná.

Resultado de projeto – A análise trimestral do movimento da piscicultura nacional no comércio mundial, com destaque para as exportações, é uma atividade do Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui). Por sua vez, o centro é um dos resultados do BRS Aqua, projeto que tem o nome oficial de Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil. O BRS Aqua é coordenado pela pesquisadora Lícia Lundstedt e o CIAqui pelo pesquisador Manoel Pedroza, ambos da Embrapa Pesca e Aquicultura.

O BRS Aqua é um projeto com forte caráter estruturante e de capacitação de recursos humanos especializados, além de ter pesquisas em diferentes áreas do conhecimento relacionadas à aquicultura. São cerca de 270 empregados da Embrapa, de mais de 20 Unidades, envolvidos. O projeto tem três fontes de financiamento: o Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Funtec / BNDES); a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP / Mapa), recurso que está sendo executado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e a própria Embrapa.

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