25.6 C
Uberlândia
segunda-feira, fevereiro 10, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioNotíciasQueda de chumbinhos no café reforça importância do manejo frente à seca

Queda de chumbinhos no café reforça importância do manejo frente à seca

Fenômeno natural é intensificado pelas condições climáticas, mas manejo adequado pode mitigar impactos na safra de 2025

Divulgação

As lavouras de café do Brasil estão atravessando um período de ajustes naturais. A fase de “queda de chumbinhos”, comum no ciclo produtivo, tem se mostrado mais intensa neste ano devido à seca prolongada e às altas temperaturas registradas em 2024. Embora o fenômeno faça parte do desenvolvimento natural do café, as condições climáticas têm exigido maior atenção dos produtores para minimizar perdas e preparar as plantas para os próximos ciclos.

A queda de chumbinhos ocorre entre 80 e 100 dias após a florada, geralmente entre dezembro e fevereiro, como forma de autorregulação da planta, eliminando frutos que não conseguem ser sustentados. No entanto, fatores como desfolha e estresse hídrico intensificaram o processo neste ano.

De acordo com Marcelo Jordão, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, o cenário atual demanda atenção redobrada. “Plantas que enfrentaram seca severa e altas temperaturas têm menor quantidade de folhas, o que reduz a fotossíntese e as reservas de carboidratos. Isso afeta diretamente a capacidade de sustentar os frutos”, explica. Jordão também destaca que frutos maiores, provenientes das primeiras floradas, acabam se tornando drenos preferenciais de energia, ampliando a queda nos frutos mais novos.

Oportunidade para manejo preventivo
Embora o impacto sobre a safra de 2025 já seja sentido, especialistas apontam que o manejo adequado e ações preventivas podem garantir a recuperação das plantas e preparar o terreno para um próximo ciclo produtivo. “É essencial que os produtores avaliem as condições das lavouras e ajustem o manejo de forma estratégica, pensando também na safra de 2026”, reforça Jordão.

O contexto atual reforça a necessidade de investimentos em práticas que promovam a resiliência das plantas, como o monitoramento contínuo e a adequação do manejo nutricional e hídrico. Apesar dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, o setor cafeeiro segue demonstrando sua capacidade de adaptação e superação.

ARTIGOS RELACIONADOS

Melancia híbrida é mais produtiva

Espécie originária das regiões tropicais da África Equatorial, considera-se que ...

Gestão do manejo é peça-chave no controle da matocompetição no canavial

Eficiência no processo vai além do investimento em herbicidas, segundo especialistas do setor.

Cultivo do açaí em terra firme

A Embrapa Amazônia Oriental disponibiliza a partir de quarta-feira (29) na vitrine virtual e-Campo, ...

Nematoides na cafeicultura do cerrado são desafio

Kethelin Cristine Laurindo de OliveiraDoutora em Ecologia e professora - Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)kethelin.oliveira@unemat.br Dentre as atividades agroindustriais, a cafeicultura se destaca...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!