21.6 C
Uberlândia
sexta-feira, abril 19, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosGrãosSturdy como bioativador do fósforo no cafeeiro

Sturdy como bioativador do fósforo no cafeeiro

 

SANTINATO, R.

Engenheiro agrônomo, pesquisador e consultor – Santinato & Santinato Cafés Ltda., Campinas (SP)

SILVA, R.O.

Gerente do Campo Experimental ACA, Araguari (MG)

FERNANDES, A.L.T.

Pró-reitor da UNIUBE, Uberaba (MG)

MOSCA, E.

Consultor – ACA, Araguari (MG)

SANTINATO, F.

Engenheiro agrônomo, Msc., doutorando em Agronomia – UNESP Jaboticabal (SP)

 

Foto 01 - Crédito SatisAs fontes de fósforo mais utilizadas na cultura do café são o superfosfato simples e o MAP, em doses que variam conforme recomendação realizada em função da análise de solo e da expectativa de produtividade. São utilizados, geralmente, de 20,0 a 80,0 kg ha-1 de P2O5. Tanto essas fontes como outras solúveis, exceto o termofosfato, apresentam o problema de elevada fixação no solo, tornando o nutriente indisponível às plantas.

As alternativas para evitar a fixação compreendem a utilização dos bioativadores que contêm fósforo, ácidos fúlvicos, húmicos ou fósforo peletizado com matéria orgânica. Neste sentido, o presente trabalho instalado no Campo Experimental da ACA, Araguari (MG), objetivou estudar doses crescentes de 15,0, 20,0 e 25,0 L ha-1 do bioativadorSturdy, comparativamente com o superfosfato simples e o MAP (ambos na dose de 80,0 kg ha-1 de P2O5).

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. Utilizou-se lavoura de Catuaí Amarelo IAC 62, com 10 anos de idade, espaçada em 3,7 x 0,7 m, plantada em solo LVA.

As avaliações constaram das produtividades de 2012, 2013, 2014 e 2015, bem como a média do quadriênio. Além disto, avaliaram-se os teores de P-resina no solo após cada safra. Os dados foram submetidos à análise de variância e procedente ao teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados e discussão

A aplicação do Sturdy, em qualquer uma das doses testadas, refletiu na produtividade do cafeeiro no primeiro ano avaliado. A partir da segunda safra, Sturdy passou a elevar a produtividade igualando-se aos padrões SFS e MAP.

Em valores absolutos, na média das quatro safras, as maiores produtividades foram obtidas pelo Sturdy 20,0 L ha-1 e pelo MAP. Dessa forma, pode-se substituir a adubação fosfatada pelo Sturdy, desde que exista teores adequados de P no solo no início das aplicações (Tabela 1).

Tabela 1. Produtividade do cafeeiro, 2012, 2013, 2014, 2015 e média do quadriênio, em função dos tratamentos estudados

Tratamentos

2012

2013

2014

2015

Média do quadriênio

T1 – Testemunha

40,7 a

71,1 c

21,4 b

20,5 b

38,4

T2 – Sturdy 15 L

49,4 a

81,9 bc

37,5 a

49,2 a

54,5

T3 – Sturdy 20 L

44,3 a

103,2 ab

39,6 a

51,0 a

59,5

T4 – Sturdy 25 L

34,7 a

97,0 ab

42,2 a

50,1 a

56,0

T5 – SFS 400 kg

34,3 a

87,8 abc

43,1 a

41,2 a

51,6

T6 – MAP 160 kg

46,1 a

108,3 a

36,6 ab

43,4 a

58,6

CV (%)

25,44

11,77

18,19

14,3

*Médias seguidas das mesmas letras não diferem de si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Desde a primeira safra, a aplicação de Sturdy e das fontes fosfatadas convencionais promoveram elevação nos teores de P no solo. O fato se repetiu em todas as safras.

Tabela 2. Teores de P no solo (mg dm-3) em função dos tratamentos estudados.

Tratamentos

P resina (mg dm-3)

Média

2011

2012

2013

2014

T1 ” Testemunha

51,4 b

80,7 b

68,3 b

83,4 b

70,9 b

T2 – Sturdy 15 L

111,4 a

138,6 a

143,8 a

129,2 a

130,7 a

T3 – Sturdy 20 L

112,4 a

166,9 a

127,8 a

132,1 a

134,8 a

T4 – Sturdy 25 L

104,7 a

170,8 a

151,0 a

103,9 a

132,6 a

T5 – SFS 400 kg

128,5 a

173,7 a

120,1 a

145,9 a

142,0 a

T6 – MAP 160 kg

101,7 a

135,1 a

158,5 a

157,9 a

138,3 a

CV%

28,76

25,37

31,49

41,37

35,60

*Médias seguidas das mesmas letras não diferem de si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Pode-se concluir que é viável a utilização de Sturdy na adubação fosfatada, pois ele substitui as fontes convencionais.

Essa matéria você encontra na edição de outubro da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Morango hidropônico no sistema de irrigação com circuito fechado

O morangueiro é uma das culturas que tem tido maior migração do sistema de cultivo no solo para o plantio em substrato. Isso significa...

Financiamento para Energia Solar é lançado

  Associados pessoa física e jurídica contam com uma linha de crédito específica para adquirir equipamentos para geração de energia elétrica por meio da energia...

Panorama nacional da produção de frutas vermelhas

Autores Ivan Marcos Rangel Junior juniorrangel2@hotmail.com Altino Junior Mendes Oliveira altinojrmendes@gmail.com Engenheiros agrônomos e doutorandos em Agronomia/Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA) Filipe...

Resistência do capim pé-de-galinha ao herbicida Glyphosate em cafeeiros

  Giovani BeluttiVoltolini giovanibelutti77@hotmail.com Larissa Cocato da Silva Engenheiros agrônomos e mestrandos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) Joana Caroline D'arc de Oliveira João Pedro de Miranda Silvestre Graduandos...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!