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Tratamento de sementes de soja – Germinação garantida

Camila Queiroz da Silva Sanfim de Sant’Anna

Doutoranda em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)

agro.camilaqs@gmail.com

Crédito A. Shimohiro

O tratamento de sementes consiste na aplicação de produtos químicos, principalmente fungicidas, objetivando assegurar a qualidade sanitária das sementes quanto ao controle de patógenos, sobretudo fungos presentes no solo ou associados às sementes e na proteção das plântulas durante o processo germinativo, oferecendo garantia tanto da preservação da qualidade das sementes quanto no melhor desempenho germinativo sob condições adversas.

Utilizando sementes tratadas é possível um melhor estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos de importância para a cultura, transmitidos pelas sementes, minimizando, assim, as chances de seu estabelecimento e introdução em áreas indenes.

 

Agregando valor

Mais de 40% dos produtores preferem comprar as sementes já tratadas – CréditoSaulo Fantini

Além do tratamento com fungicidas, podem ser incorporados inseticidas para controle de insetos que atuam como pragas da cultura, ou ainda nematicidas, micronutrientes, inoculantes, reguladores de crescimento ou polímeros para peliculização das sementes. Esse último é usado para reduzir significativamente perdas de agroquímicos, acelerando a emergência e melhorando a uniformidade das plântulas.

Tratando-se dos fungicidas comumente utilizados, para a cultura da soja há disponíveis tanto fungicidas de contato (proteção da semente contra fungos do solo) quanto sistêmicos (para controlar fitopatógenos presentes nas sementes) devendo-se, segundo informações técnicas, averiguar o produto recomendado e registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a cultura.

 

Tratamento convencional x industrial

Utilizando sementes tratadas controla patógenos transmitidos pelas sementes – Crédito Dupoint

O funcionamento do tratamento, tanto com fungicidas, inseticidas, micronutrientes, nematicidas como com inoculantes, pode ser realizado com máquinas específicas, tambor ou betoneira, dentro da própria propriedade, ou ainda em uma Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) durante o beneficiamento (na fase de pré-ensaque, antes do armazenamento, ou no ato da entrega ao produtor) das sementes na própria empresa fornecedora, sendo realizado com equipamentos especiais e altamente sofisticados.

Mais de 40% dos produtores preferem comprar as sementes já tratadas em virtude de algumas vantagens obtidas no processo, utilizando máquinas industriais.

Apesar de apresentar uma série de vantagens em relação ao tratamento convencional, como: precisão no volume de calda utilizado, melhor cobertura das sementes pelo produto químico, maior segurança e agilidade nas operações; a oferta de “pacotes“, utilizando na semente uma combinação de produtos, a técnica pode não ser viável a todos os produtores e implicar em uso de produtos que não se adequam às necessidades do produtor, apresentando assim efeito contrário.

 

Erros

 

O principal equívoco ao adquirir sementes tratadas diretamente de empresas fornecedoras, sem o produtor ter informações de suas necessidades, configura-se na obtenção dos denominados “pacotes“ de tratamento de sementes, quanto à ocorrência de mistura de produtos que podem ocasionar fitotoxidade nas sementes, ou seja, aplicação de produtos a mais, dispensáveis às necessidades do produtor e que estão agregados no pacote, além de gerar impactos no ambiente.

A mistura de produtos também pode ocorrer pelo produtor, ao realizar os procedimentos sem as devidas orientações técnicas em sua propriedade. Desse modo, é fundamental a clareza do fornecedor ao expor esses pacotes de tratamento de sementes ao agricultor, e quanto à realidade e necessidades de sua lavoura, além do acompanhamento técnico.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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