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Trichoderma + fósforo: Solução para o fusarium do feijoeiro

 

Cacilda Márcia Duarte Rios Faria

Professora doutora do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

criosfaria@hotmail.com

Aline José Maia

Doutora e Pesquisadora do Departamento de Agronomia da UNICENTRO

Carla Daiane Leite

Doutoranda em Produção Vegetal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco

Leandro Alvarenga Santos

Professor Mestre do Departamento de Agronomia da UNICENTRO

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é uma das culturas de destaque no cenário agrícola brasileiro por apresenta boa adaptabilidade as diferentes condições climáticas, alta produtividade e rendimento econômico, além de ser importante na dieta humana.

Muitos são os fatores a serem manejados para se obter a máxima produtividade da cultura. Um é a baixa disponibilidade do macronutriente fósforo (P) no solo, que é considerado o nutriente de maior importância para o desenvolvimento da cultura do feijão.

A deficiência em fósforo reduz o tamanho, o número, a viabilidade e vigor das sementes, afetando o seu desempenho e estabilidade no campo, o desenvolvimento da planta, a uniformidade da lavoura e sua produtividade. E, muitas vezes, a forma solúvel de fósforo está fixa nos minerais de argila e/ou aos elementos ferro e alumínio.

O poder do fósforo

O fósforo pode influenciar negativamente ou positivamente na ocorrência de doenças nas culturas de interesse agronômico. Deste modo, a dosagem utilizada deve ser recomendada de acordo com a análise de solo. Na cultura do feijoeiro, o fósforo contribui com a maior resistência a murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli) quando aplicado via tratamento de sementes e/ou no sulco de semeadura. Isto pode ser atribuído à melhoria do balanço nutricional da planta, pois aumenta a velocidade de maturação dos tecidos, tornando a planta mais vigorosa.

O resultado desse beneficio ocorre devido ao encurtamento do período de maior suscetibilidade do feijoeiro à murcha de Fusarium, além da provável indução de resistência.

Fósforo + trichoderma

A adubação fosfatada pode ser mais vantajosa no controle de doenças quando associado a outras técnicas de manejo. Neste contexto, destaca-se o uso do fungo Trichoderma spp., que naturalmente habita o solo, mas que pode ser potencializado pela aplicação de produtos comerciais, pois é altamente interativo na raiz e no interior de plantas.

Esse fungo age por diferentes mecanismos de ação, como competição, parasitismo e antibiose contra microrganismos capazes de causar doenças em plantas. Isto se deve à produção de metabólitos secundários que possivelmente promovem o crescimento de plantas e induzem resistência contra patógenos.

Solos habitados por Trichoderma podem apresentar maior teor húmico, originários da lignina que é decomposta por este microrganismo, aumentando a área radicular da planta acompanhado do aumento da massa verde das culturas, além de atuar como agente de controle de doenças de plantas cultivadas.

Outro benefício deste agente de controle biológico é a decomposição e mineralização dos resíduos vegetais, além de promover a solubilização de fósforo, contribuindo com a disponibilização deste nutrientes para as plantas, permitindo sua maior e mais rápida absorção.

Ação nas plantas

Pouco se sabe sobre a ação dos fatores que promovem o crescimento das plantas ocasionado por microrganismos do solo. Diversos pesquisadores confirmam que fungos do gênero Trichoderma são capazes de atuar como bioestimulantes do crescimento radicular, promovem o desenvolvimento de raízes por meio de fitohormônios, melhorando a assimilação de nutrientes, aumentando a resistência diante de fatores bióticos não favoráveis, além de degradar fontes de nutrientes que serão importantes para o desenvolvimento do vegetal.

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