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Uso de fosfitos de potássio em seringueira

 

O uso de fosfitos de potássio aumenta a resistência a doenças devido à maior produção de fitoalexinas

 

Crédito Usina Santa Helena
Crédito Usina Santa Helena

O cancro da seringueira é causado principalmente por Phytophthoraspp, uma doença de grande importância, pois interrompe as sangrias e, em casos severos, causa a morte das plantas infectadas devido ao anelamento no tronco causado pelo apodrecimento da casca em toda a circunferência do tronco das plantas.

Prejudica, também, a produção, reduzindo a produtividade da lavoura. Os períodos de maior preocupação quanto ao surgimento das doenças são os chuvosos, que apresentam condições de alta umidade associado a temperaturas amenas, proporcionando condições de desenvolvimento do fungo que coloniza as plantas, causando sérios danos, como citados anteriormente.

Disseminação

A disseminação do patógeno ocorre pela chuva, pelo vento e ainda pela faca de sangria. O patógeno penetra nas plantas pelas lesões provocadas no painel durante a sangria ou por outros ferimentos que existam no tronco. Por isso, é muito importante que essa sangria seja feita com muito critério, evitando ferimentos nas plantas.

Controle

O controle do cancro deve ser preventivo para evitar maiores prejuízos, como utilizar clones resistentes em locais mais propícios e manejo fitossanitário para evitar o aparecimento e disseminação do patógeno. Quando a doença já está instalada, deve-se realizar cirurgias para retirada de porções afetadas da planta e fazer pulverizações com fungicidas.

Os fosfitos

São reconhecidos por órgãos de pesquisa os benefícios do uso de fosfitos de potássio em culturas de interesse agrícola, dentre os quais o aumento da resistência a doenças devido à maior produção de fitoalexinas (substâncias que aumentam a eficiência do sistema de defesa das plantas) e também por promoverem uma ação fungistática em alguns patógenos.

No caso da seringueira (Hevea brasiliensis), os fosfitos de potássio são utilizados desde a produção de mudas em viveiros até em associação com fungicidas no controle de doenças foliares (principalmente antracnose) e de painel de sangria (cancro, antracnose, entre outros).

Na prática

O APTA – Polo Regional Centro Oeste/UPD Marília, faz uso de fosfitos de potássio no plano de manejo nutricional das mudas de seringueira, por estes aumentarem a resistência das plantas a doenças foliares como antracnose e oídio, e assim permitir um maior vigor e uniformidade das mudas.

No caso de seringais em formação e explotação comercial, é usual os produtores de borracha natural utilizarem fosfitos de potássio em associação a fungicidas (estrobirulinas, triazóis e benzimidazóis) nas aplicações foliares e de painel no controle de doenças.

Segundo os engenheiros agrônomos Andrey Vetorelli Borges, FioravanteStucchi Neto e Lucas Fernando Simão (SAA/CATI Regional São José do Rio Preto – SP) vem aumentando o interesse pela utilização da tecnologia devido ao baixo custo e à boa eficiência nos resultados.

Para Andrey Vetorelli Borges, “os fosfitos possuem alta absorção e grande poder de translocação na planta, o que propicia um aumento da eficiência dos produtos associados às aplicações para controle de doenças”.

Sintomas de cancro em tronco de seringueira - Crédito Arlindo Pinheiro da Silveira
Sintomas de cancro em tronco de seringueira – Crédito Arlindo Pinheiro da Silveira

Recomendações

O engenheiro agrônomo Lucas Fernando Simão recomenda que o produto seja aplicado junto com fungicidas preventivos para doenças de painel, como o cancro, sendo recomendada a aplicação no painel de sangria, principalmente nos períodos chuvosos, que apresentam alta umidade.

Nesse período a aplicação deve ser, no mínimo, quinzenal,podendo ainda ser aplicado nas folhas para auxílio ao controle de doenças foliares, e ainda fornecendo nutrientes às plantas. A dosagem do produto varia de acordo com o tipo de aplicação (foliar ou no tronco), utilizando de dois a três litros por hectare. As adições do produto às pulverizações gera um custo adicional de R$ 20,00 a R$ 30,00 por hectare. “Sendo assim, é evidente que pela ação benéfica do fosfito de potássio estecaracteriza-se um ótimo custo-benefício para a cultura“, avalia.

O engenheiro agrônomoFioravanteStucchi Neto informa que na unidade demonstrativa de seringueira (SAA/CATI São José do Rio Preto/CA de José Bonifácio-SP) serão montados alguns experimentos para avaliação do uso de fosfitos de potássio no manejo da seringueira, possibilitando uma melhor avaliação técnica quanto ao seu uso na lavoura.

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